O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou na terça-feira (25/07) que o país irá se retirar da CIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos). O presidente justificou sua decisão dizendo que a organização “atropela” a Venezuela e desrespeita a soberania do país.
Durante um ato militar realizado na cidade de Puerto Cabello, Chávez disse que deu instruções ao chanceler Nicolás Maduro para que o governo venezuelano saia da Corte Interamericana, sediada na Costa Rica. “Não vamos esperar mais, temos que sair por dignidade”, afirmou o presidente. “A Corte Interamericana voltou a atropelar a Venezuela e o direito internacional”.
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Chávez criticou o tribunal pela decisão em favor do venezuelano Raúl Díaz, acusado de participar em 2003 de bombardeios na embaixada da Espanha e no consulado colombiano em Caracas. Na última sexta-feira, a Corte condenou a Venezuela por violação do direito à integridade física e por maus tratos durante a prisão de Díaz, em 2004.
O suposto terrorista nega participação nos atentados, que feriram quatro pessoas. Condenado a nove anos de prisão, Díaz fugiu da Venezuela em 2010, depois de obter permissão para sair para trabalhar. Chávez acusou o tribunal de apoiar o “terrorismo” ao se aliar com Diaz.