As autoridades da Venezuela acusaram na quarta-feira (1/9) os partidos de oposição de estarem usando a morte do agricultor Franklin Brito – morto na segunda-feira após fazer uma greve de fome contra o governo -, para causar danos políticos ao presidente do país, Hugo Chávez, semanas antes das eleições parlamentares, marcadas para 26 de setembro.
“Nos vemos obrigados a rechaçar a hipocrisia da mídia, oposição e autoridades da Igreja católica, que incentivaram a decisão extrema do Sr. Brito com o único intuito de usar um morto para suas sujas bandeiras. Não têm valentia para fazer um sacrifício próprio, portanto, se aproveitam da tragédia de um ser humano e de sua família para tentar ganhar votos e desestabilizar um governo legítimo e democrático. Esses que hoje choram em frente às camêras de televisão nada fizeram para salvar a vida dele. Pelo contrário, como abutres desejavam e esperaram sua morte”, diz comunicado oficial do governo publicado pela rede Telesur.
A morte do agricultor, após o protesto por terras que segundo dizia haviam sido expropriadas ilegalmente pelo governo, no sul da Venezuela, foi apresentada pela oposição como evidência da violação do direito de propriedade por parte de Chávez.
Mas o governo diz que a queixa de Brito não tinha fundamento legal e sua propriedade de 290 hectares no Estado de Bolívar tinha sido endossada repetidamente pelas autoridades.
“Franklin Brito teve, em cumprimento da lei, todo o apoio das instituições agrárias do governo bolivariano para realizar sua atividade produtiva, expressado por meio da concessão de créditos, maquinaria, saneamento de terras, entre outros”, afirma o comunicado.
No entanto, continua o texto, “Brito optou pela medida extrema da greve de fome e a autoflagelação como mecanismos de pressão para garantir uma demanda que não condizia com a realidade”.
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