A equipe médica da Universidade Johns Hopkins, no Estado de Maryland, nos Estados Unidos, confirmou nesta segunda-feira (07/12) que irá realizar em breve a primeira cirurgia de implante de pênis no país. O paciente é um veterano de guerra que sofreu lesões na região genital por uma bomba quando estava em serviço no Afeganistão.
O procedimento dura 12 horas e consiste na costura de nervos e vasos sanguíneos locais e pode restaurar a capacidade urinária e, a longo prazo, a função sexual. A universidade recebeu a permissão de realizar 60 cirurgias experimentais, cujo período de recuperação deve levar de seis a 12 meses. O órgão é doado por homens que morreram e tiveram o procedimento autorizado pela família.
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Hospital universitário será pioneiro nesse tipo de implante no país
No ano passado, foi realizado o primeiro implante bem-sucedido de pênis do mundo, na África do Sul. O sul-africano operado, que havia sido ferido em uma circuncisão, se recuperou e teve um filho após a cirurgia.
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Registros do Departamento de Defesa dos EUA apontam que 1.367 militares tiveram lesões na região genital, no período entre 2001 e 2013. Existem equipamentos de proteção peniana para uso em combate, porém parte dos militares prefere não utilizar porque limita os movimentos do corpo, o que pode ser prejudicial quando precisam fugir rapidamente de um local.
Carisa Cooney, pesquisadora do Departamento de Cirurgia Plástica e de Reconstrução da universidade, afirmou ao jornal norte-americano The Washington Post que líderes militares procuraram a equipe nos últimos anos para pedir que a cirurgia fosse realizada. Em 2013, os médicos começaram a discutir as questões éticas e burocráticas para realizar o procedimento.
“Estávamos muito preocupados com a aceitação do público em geral”, disse Cooney. A cirurgia de implante peniano é controversa por não se tratar de um órgão vital e também pelo fato de o paciente precisar tomar remédios pelo resto da vida para que o organismo não rejeite o órgão. Em favor da realização da cirurgia, os médicos apontam que o trauma psicológico também deve ser considerado.