O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, e o seu homólogo chinês, Wang Yi, conversaram por telefone nesta terça-feira (10/03) e fecharam um acordo para que a China forneça cerca de dois milhões de máscaras faciais ao país europeu. A medida tem como foco ajudar a combater a epidemia do novo coronavírus, que ainda se espalha pela Itália e que foi controlada por Pequim.
A parceria prevê também a venda de 20 mil roupas protetoras, 50 mil cotonetes para efetuar testes para detecção do vírus, além do fornecimento de mil ventiladores pulmonares para o tratamento dos infectados.
De acordo com as fontes do governo italiano, a assinatura dos contratos deve ser efetuada nas próximas horas e os chineses se comprometeram a dar prioridade para atender a demanda. O telefonema ocorreu no dia em que Pequim anunciou que a epidemia que o país enfrentou no último mês foi controlada, com casos sendo registrados majoritariamente na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do problema.
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Segundo os dados da Comissão de Saúde Nacional, foram registrados apenas 19 novos contágios no país nas últimas 24 horas – sendo 17 em Hubei, um em Pequim e outra em Guangdong.
Official Photo by Mori / Office of the President
Fábrica de máscaras faciais em Taiwan, na China
Ainda nesta terça, o presidente da China, Xi Jinping, inspecionou as atividades de prevenção e contenção de contágios em Wuhan, elogiando os sucessos obtidos no local para estabilizar a situação. Durante a visita, o mandatário destacou que o trabalho “permanece árduo”, mas que “a difusão do coronavírus foi substancialmente contida na província de Hubei e na sua capital, Wuhan”.
E como uma das provas do sucesso no combate ao vírus, foi fechado o último dos 16 hospitais montados para tratar da doença na cidade chinesa. Além disso, as autoridades informaram que será retomada, gradativamente, a circulação pela localidade. Os moradores, que já usam um aplicativo para gravar qualquer tipo de movimentação, vão ser avisados sobre quando podem voltar a circular.
A China ainda contabiliza o maior número de pessoas infectadas pelo coronavírus, com 80.757 casos, de acordo com os dados do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade John Hopkins. Logo em seguida, aparece a Itália, com 9.172 infectados. Ao todo, no mundo, já foram registrados 116.335 casos.