A Procuradoria Federal alemã pediu nesta quinta-feira (13/04) prisão preventiva para o iraquiano detido na quarta (12/04) após o atentado contra o Borussia Dortmund, sob acusação de combatido no Estado Islâmico (EI) no Iraque. No entanto, os procuradores admitiram que não encontraram nenhuma prova de que ele tenha participado do ataque de terça (11/04).
Em um comunicado, a Procuradoria explicou que o homem, identificado como Abdul Beset A., de 26 anos, é acusado de ter sido membro do autodenominado Estado Islâmico em Iraque, pelo menos até 2014, e de ter mantido contato com membros do grupo terrorista desde a Alemanha, onde chegou no começo do ano passado.
“O acusado foi detido ontem provisoriamente por relações com o atentado contra o ônibus da equipe do Borussia Dortmund. As investigações não mostraram por enquanto nenhuma pista de que o acusado tenha participado do atentado “, afirma o texto.
No entanto, acrescentou a Procuradoria, o homem é suspeito de ter militado no EI e de ter dirigido no Iraque uma unidade de cerca de dez pessoas, encarregada de preparar “sequestros, extorsões e também assassinatos”. Segundo os investigadores, Abdul Beset A. chegou a combater com o EI; em março de 2015 viajou à Turquia e, no começo de 2016, à Alemanha.
Agência Efe
Janela de ônibus do Borussia Dortmund ficou destruída após ataque com explosivos
NULL
NULL
O acusado, que era o único detido pelo ataque ao Borussia, será apresentado nesta quinta ao Supremo Tribunal, que deve decidir os próximos passos.
Terrorismo
A Procuradoria havia informado ontem que investigava como atentado “terrorista” o ataque com três artefatos explosivos contra o ônibus do Dortmund e que as forças de segurança tinham em seu ponto de mira dois suspeitos do “espectro islamita”, cujas moradias foram revistadas, embora somente Abdul Beset A tenha sido detido.
A principal pista sobre que corrobora a investigação são três textos iguais que foram achados no local dos fatos. Eles pediam à Alemanha que retirasse os aviões que participam na missão militar na Síria e o fechamento da base aérea americana de Ramstein (sudoeste do país).
A Procuradoria explicou que o ataque também foi reivindicado em uma página de internet de extrema esquerda, mas disse que os investigadores tinham “dúvidas consideráveis” sobre a veracidade dela.
(*) Com Efe