Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Podcasts
Transição nos EUA

Democratas dão ultimato a Mike Pence para afastar Donald Trump do cargo

Encaminhar Enviar por e-mail

Presidente da Câmara deu 24 horas a vice para ativar 25ª emenda; caso contrário, vai entrar com impeachment de Trump

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-01-11T12:19:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou neste domingo (10/01) que está pronta para iniciar o segundo processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, a menos que ele seja destituído do cargo nos próximos dias. 

Os democratas estão determinados a iniciar um segundo processo de impeachment contra Donald Trump, após a invasão do Congresso na semana passada. No campo republicano, vários parlamentares se mostram abertos à ideia de apoiar a medida. Se for condenado, Trump se tornaria inelegível. Mas o primeiro passo da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, será pedir ao vice-presidente Mike Pence para destituir Trump por incapacidade, com base na 25ª emenda à Constituição.

A 25ª Emenda permite que o vice assuma a liderança do país quando o presidente estiver impossibilitado de continuar a exercer suas funções – por exemplo, se ficar incapacitado devido a uma doença física ou mental. Os democratas veem Donald Trump como "desequilibrado" e perigoso, principalmente depois dele ter incentivado seus apoiadores a invadir o Capitólio na quarta-feira (06/01) passada.

No domingo, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que entrará com um pedido nesta segunda-feira (11/01) para que Pence ative, em caráter de urgência, a 25ª emenda. O vice terá 24 horas de prazo para se posicionar. 

Quatro dias após os eventos no Capitólio, que deixaram cinco mortos e abalaram os Estados Unidos, Pelosi descreveu o presidente republicano como uma "ameaça iminente" contra a democracia e a Constituição norte-americana.


Andrea Hanks/Casa Branca
Democratas querem que Mike Pence ative 25ª emenda

"Prosseguiremos com a apresentação da legislação de impeachment" ao plenário da Câmara dos Representantes na segunda ou terça-feira (12/11), se Trump não for removido por seu gabinete", disse Pelosi. "Com o passar dos dias, o horror do ataque contínuo à nossa democracia perpetrado por este presidente se intensifica e também a necessidade imediata de ação", enfatizou. O projeto de lei já foi redigido e conta com o apoio de cerca de 200 deputados. Depois da votação na Câmara, o texto segue para o Senado, que só deve se reunir no dia 19, véspera da posse do presidente eleito, Joe Biden.

Trump já foi a julgamento uma vez na Câmara, controlada pelos democratas, em dezembro de 2019, por ter pressionado o líder da Ucrânia a investigar Biden, com o objetivo de prejudicar suas chances de disputar as eleições presidenciais de 2020. Mas acabou sendo absolvido pelo Senado, de maioria republicana.

A nove dias da posse de Biden, é pouco provável que o processo de impeachment vá até o fim, mas os democratas dispõem de votos suficientes na Câmara para aprovar um novo pedido de destituição e podem até contar com a adesão de alguns parlamentares republicanos para iniciar o procedimento. É improvável, porém, que reúnam a maioria de dois terços necessária para condenar Trump no Senado.

Política e Economia

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Hoje na História

Hoje na História: 49 a.C. - Júlio Cesar atravessa o rio Rubicão

Encaminhar Enviar por e-mail

A partir daquele momento, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entrou em Roma

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-01-11T14:35:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

No comando da XIII Legião, Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separa a Gália Cisalpina e a Itália em 11 de janeiro de 49 a.C.. À época, o Senado romano proibia formalmente a todo general em armas de transpor essa fronteira sem expressa autorização. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou: “Alea jacta est” (A sorte está lançada). 

A partir daquele momento, ninguém mais seguraria Júlio César. O general, estadista, orador, historiador e legislador romano, considerado um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda a história, entrou em Roma, afastou Pompeu e, ao fim de uma longa guerra civil, submeteu o conjunto do Império Romano aos seus desígnios de ditador vitalício. 

É de se notar que, diferentemente do que o senso comum imagina, Júlio César nunca foi princeps (em latim, o primeiro no tempo ou no fim; o primeiro chefe; o mais eminente distinguidos ou nobre; o primeiro homem; primeira pessoa), portanto, Júlio César não pode ser considerado imperador romano, ainda que tivesse sido nomeado ditador vitalício em 45 a.C.

César tornou-se nome de família da primeira dinastia, sendo usado como título. E atravessou milênios: os títulos Czar, em russo, e Kaiser, em alemão, não passam de uma tradução do César romano. 

Trajetória 

Júlio César nasceu no ano 100 a. C., filho de uma família patrícia. Começou sua carreira política tomando parte da batalha que opôs seu tio Marius, chefe da facção popular, a Silas, chefe da facção senatorial. 

A partir do ano 70 a. C. começou a ascender politicamente. Torna-se sucessivamente tribuno, militar, pró-cônsul, edil e pretor. Em seguida, governador da Gália Cisalpina e transalpina e mais adiante, pró-pretor na Espanha. 

Em 59 a. C., é nomeado cônsul de Roma, graças ao triunvirato que havia formado com Pompeu e Crasso, fruto de uma aliança secreta. No ano seguinte, se lança nas Guerras da Gália, submetendo ao seu mando diversos povos do Norte. Em 51 a. C., após um longo cerco em torno da Alésia (a Borgonha), o chefe Vercingetorix depôs as armas e se rende a César. A Gália é conquistada para a glória do comandante romano. 

Wikimedia Commons
Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei de Roma e declarou guerra ao Senado

Depois do episódio da travessia do Rubicão e após a sua entrada triunfal em Roma, Júlio César perseguiu e esmagou as tropas de seu rival Pompeu em Tessália. Pompeu e os senadores tinham abandonado Roma e se dirigido à Grécia. Pompeu, vencido, buscou refúgio no Egito, junto ao rei Ptolomeu XIII, que temendo a represália de César, mandou assassiná-lo. César vai atrás de Pompeu no Egito e lá toma conhecimento do assassinato.

O episódio deixou Ptolomeu em conflito com sua irmã-esposa Cleópatra em maus lençóis. Quando a encontrou, o general romano vê-se imediatamente seduzido pela rainha egípcia. Depois que seus exércitos derrotaram as tropas de Ptolomeu, César oferece o trono do Egito a sua amada.

César estava no auge de sua glória e poder. O imperador reinava nos dois lados do Mediterrâneo. Em Roma, exercia um poder absoluto e adotou algumas medidas que favoreceram os mais pobres. 

Assassinato

Porém, em 15 de março de 44 a. C., Júlio César, que se havia proclamado ditador vitalício, é assassinado. Em plena sessão do Senado, cerca de 50 senadores partidários da restauração da república oligárquica atiram-se sobre ele e lhe conferiram 23 golpes de espada. César caiu ao pé da estátua de seu antigo rival Pompeu. Entre os conspiradores encontrava-se Brutus, filho da amante do imperador, por quem tinha uma grande estima, e Cássio, general romano. Ao perceber Brutus entre seus agressores, dirigiu-se a ele em grego: "Kai su Brutus teknon", que se pode traduzir em latim popular por “Tu quoque, Brutus fili mii (Até tu, Brutus, filho meu). 

O corpo do ditador foi levado por escravos e incinerado no Campo de Marte, como impunha a tradição. Em seu testamento, Júlio César designou por herdeiro o filho adotivo, Otávio, futuro imperador Augusto. Depois da morte de César, abriu-se uma luta pelo poder entre o seu sobrinho-neto César Augusto e Marco Antônio, que haveria de resultar na queda da República e na fundação do Império Romano, de cujo trono se apossou Marco Antônio. 

A obra escrita de César, que o coloca entre os grandes mestres da língua latina, destaca-se pelo texto De Bello Gallico, que traz comentários sobre as campanhas da Gália. As narrativas, aparentemente simples e diretas, são na realidade sofisticadas manobras de propaganda política dirigidas ao patriciado de Roma.

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Rua Rui Barbosa, 381 - Sala 31
São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 3012-2408

  • Contato
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Expediente
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados