País conhecido mundialmente pelo movimento dos muralistas, feito por artistas engajados durante o início do século 20, o México está perdendo murais ancestrais pintados por civilizações mezoamericanas entre 250 e 300 d.C.
Instituto Nacional de Antropologia e História do México
Situação de um dos murais
Os milenares murais de Teotihuacán, também chamada “Cidade dos Deuses”, a 50 quilômetros da Cidade do México, estão sendo degradados de maneira irreversível. Na última década, 40% da pintura presente nas paredes foi perdida ou está prejudicada pela utilização de técnicas inadequadas no passado, falta de investimento e assentamentos urbanos na proximidade dos sítios arqueológios, como informou a restauradora do INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História do México) Gloria Torreso ao jornal mexicano Excelsior.
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Somente em Atetelco, onde há uma década havia 100 murais, hoje restam apenas 22, de acordo com uma fonte do INAH.
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Mural do complexo Tetitla mostrando a grande deusa
Os murais que foram retirados do sítio arqueológico nos anos 1960 para serem expostos no Museu dos Murais Teotihuacanos Beatriz de la Fuente também não estão em estado perfeito de conservação.
No vídeo, pesquisadores mexicanos mostram novas descobertas no Palacio de Atetelco e falam sobre a importância dos murais:
Devido à situação, é difícil para os pesquisadores precisarem quantos metros quadrados de pintura mural tem a Zona Arqueológica de Teotihuacán, mas um diagnóstico realizado em 2005, apontou a existência de 466.75 metros de paredes desenhadas.
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Parte do mural do composto de Tepantitla, que aparece embaixo do retrato da grande deusa
A região é importante por ser testemunho do urbanismo antigo e do desenvolvimento estatal, sendo objeto de pesquisas de arqueólogos em todo o mundo — desde 1987, é considerado Patrimônio Mundial da Unesco, órgão da ONU para educação, ciência e cultura.