Reprodução/massey.ac.nz
Com a meta de erradicar o fumo no país até 2025, o governo da Nova Zelândia analisa a possibilidade de cobrar 80 dólares (cerca de 150 reais) pelo maço de cigarro. A medida extrema consta em um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde neozelandês, de acordo com o canal de TV local 3 News.
Segundo a análise, a cobrança de cinco dólares pela unidade de cigarro seria necessária para atingir o objetivo estabelecido pelo ministério. O estudo “Nova Zelândia Sem Fumo 2025: próximos passos no controle do tabaco”, parte de uma pesquisa preliminar do governo neozelandês, indica que mesmo se a Nova Zelândia aumentasse o valor do maço para 32 dólares até 2025, o fumo ainda não seria extinto.
“Enquanto o aumento anual de 30% no preço do maço de cigarro é irreal, um cenário combinado, com um aumento expressivo em 2013 e depois, aumentos regulares de 10%, seria uma proposta mais razoável”, diz o relatório. De acordo com o Ministério da Saúde, o preço do maço de Holiday 20s — a marca mais popular na Nova Zelândia — custa atualmente 11,70 dólares.
Oposição
A ideia gerou controvérsia no país, já que muitos acreditam que aumentar o preço do cigarro não vai refletir na diminuição do fumo. O Dr. Steve Lim, da universidade de Waikato, disse que a medida alimentaria o mercado negro e prejudicaria especialmente as famílias mais pobres.
“As pessoas irão encontrar formas de contornar essa medida”, afirmou Lim ao Waikato Times. “É evidente que os mercados ilegais emergiriam, usando cigarro roubado ou fabricado fora das fábricas oficiais.”
Até o primeiro-ministro do país, John Keys, se mostrou cético com a ideia, também ressaltando o risco do mercado negro de cigarros, enquanto a ministra da Saúde, Tariana Turia, disse que “é preciso todo o esforço” para acabar com o fumo na Nova Zelândia.
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