O general Mohamad Ali Jaafari, comandante do Corpo de Guardiães da Revolução do Irã, afirmou neste domingo (16/09) que seu país irá revidar caso seja atacado militarmente por Israel. “Se Israel nos atacar, não sobrará nada de Israel”, afirmou o iraniano em entrevista coletiva.
Jaafari, no entanto, afirmou que as forças iranianas não serão as primeiras a iniciar uma agressão. “Não precisamos atuar com antecedência considerando nossa capacidade. A capacidade de reação do Irã é muito alta e, por isso, achamos que eles [israelenses] não iniciarão uma guerra”, disse.
Mesmo assim, Jaafari frisou que se “as organizações internacionais não evitarem um ataque israelense, não haverá motivos para respeitar o Tratado de Não-Proliferação, embora isso não signifique que o Irã vá fabricar armas nucleares”. Teerã diz que seu programa nuclear tem objetivos exclusivamente civis.
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No início desta semana, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu que fossem criados “limites vermelhos” contra o avanço do programa nuclear iraniano.
Síria
Jaafari também assegurou que o “Irã não tem presença militar na Síria”, como disseram a oposição e alguns países que apoiam os rebeldes, mas admitiu que o governo respalda o regime de Damasco “economicamente e com assessoria”.
O comandante negou a possibilidade de intervenção no conflito sírio, mas disse que, se ocorrer “um ataque militar contra a Síria, dependendo da situação”, o Irã poderia ajudar o governo do presidente Bashar al Assad.
A República Islâmica e o regime sírio do Partido Baath têm um acordo de colaboração estratégica há mais de 30 anos.