A duas semanas da posse de Horacio Cartes, ainda não há uma definição sobre o que acontecerá com o Paraguai no Mercosul. Para Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela, a suspensão termina no dia 15 de agosto, com o início do novo governo. O presidente eleito, no entanto, não manteve o posicionamento adotado durante a campanha eleitoral e faz novas reivindicações para o país voltar ao bloco.
O principal motivo que está por trás da alteração de postura de Cartes é uma forte pressão norte-americana, segundo o deputado Ricardo Canese, representante do Paraguai no Parlasul e participante do XIX Encontro do Foro de São Paulo. “Cartes está sendo muito pressionado pelo governo dos Estados Unidos. É por essa razão que ele tem se aproximado da Aliança do Pacífico e faz exigências absurdas ao Mercosul”, explicou a Opera Mundi.
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De acordo com o parlamentar, um dos principais negociadores paraguaios na revisão do acordo da Usina de Itaipu, em 2009, seu país poderia conseguir melhores condições caso voltasse ao Mercosul. “Para um time sul-americano vencer a Copa Libertadores, precisa, antes de mais nada, disputá-la. Podemos fazer a mesma comparação com a situação política do Paraguai. Se formos um sócio pleno e confiável, fatalmente teremos mais benefícios, não só em Itaipu, mas em outras frentes também”, argumentou.
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Canese foi eleito em abril deste ano para um novo mandato no Parlasul. Até o momento, o Paraguai é o único país que realiza eleições diretas para o Poder Legislativo do Mercosul.