O Hamas acusou nesta segunda-feira (27/05) as nações aliadas de Israel e dos Estados Unidos pelos bombardeios contra um acampamento de refugiados em Rafah, no sul de Gaza, que provocaram a morte de pelo menos 45 palestinos, enquanto mais de 200 ficaram feridos, classificando a ação como um “plano genocida do primeiro-ministro Netanyahu”.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) alegaram que o ataque resultou na morte de dois representantes do grupo palestino: Yassin Rabia, chefe do quartel-general do Hamas na Cisjordânia, e Khaled Nagar, outro alto funcionário do movimento. No entanto, Mahmoud Taha desmentiu a versão.
“A responsabilidade direta pelo massacre israelense no campo de deslocados de Rafah é dos Estados Unidos e do presidente Joe Biden, pessoalmente. Nenhum dos líderes do Hamas, como Israel alegou, estava lá no momento do ataque. Essas ações contra civis e pessoas deslocadas fazem parte da implementação do plano genocida do primeiro-ministro [israelense Benjamin] Netanyahu contra o povo palestino”, afirmou o representante de relações com a mídia do Hamas no Líbano.
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Bombardeios israelenses direcionados a campo de refugiados em Rafah, no sul de Gaza, resulta na morte de pelo menos 45 palestinos e centenas de feridos
Taha acrescentou que esses massacres aconteceram “para justificar seu fracasso na guerra”, e que o movimento de resistência palestino responderá “até que o Exército israelense seja expulso da Palestina”.
Em relação às negociações em curso, o representante relatou que a liderança do Hamas apresentou recentemente uma proposta de cessar-fogo, e acusou o lado israelense de estar trabalhando “duramente” para impedir qualquer possibilidade de acordo.
Mohammad Abu Tarbush, outro representante do grupo, advertiu que a postura de Tel Aviv de seguir suas operações militares no território palestino e não aderir a um cessar-fogo “pode ser seguida por muitos eventos que surpreenderão Israel em um futuro próximo”.
(*) Com Sputnik News