As delegações de Rússia e China devem analisar nesta quinta-feira (12/09) a resolução proposta pela França para o caso do suposto ataque de armas químicas na Síria. O documento aponta o presidente Bashar al Assad como responsável pela morte de mais de 1,4 mil pessoas no dia 21 de agosto, como decorrência de substâncias desse tipo.
Os Estados Unidos e o Reino Unido já sinalizaram apoiar a resolução, que também exige que inspetores internacionais controlem os armamentos químicos do governo de Assad, segundo o jornal The New York Times.
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O chanceler francês, Laurent Fabius, afirmou hoje que seu colega russo, Sergey Lavrov, indicou que os termos na mesa “são inaceitáveis”.
Agência Efe
Lavrov com o chanceler da Síria, Walid Muallen, na última segunda-feira (09/09)
A solução da entrega total dos armamentos de Assad para organismos multinacionais foi criada nesta semana por Moscou, com um apoio inicial do governo sírio. Uma proposta russa foi entregue hoje a Washington, de acordo com agências internacionais.
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Até então, o presidente norte-americano, Barack Obama, dizia esperar apenas a aprovação do Congresso de seu país para começar a intervenção militar.
Crimes de guerra
Um comitê de quatro pessoas da ONU apresentou nesta quarta-feira (11/09) evidências detalhadas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pelas forças pró-governo na Síria e, em menor medida, pelos opositores do presidente Assad. O relatório deve ser apresentado pela Comissão de Inquérito ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na próxima segunda (16), em Genebra.
De acordo com o comitê, munidos de armas e dinheiro de potências regionais e globais, o governo e os opositores cometeram assassinato, tortura, estupro e ataques indiscriminados a civis, sem temer futuras punições.
Apesar de ter o cuidado de atribuir culpa tanto às autoridades quanto aos que lutam pela saída de Assad do poder, o relatório deixa evidente a disparidade e o desequilíbrio entre as duas partes do conflito. Dos nove assassinatos em massa citados, oito são atribuídos ao governo e apenas um aos oponentes.