As mobilizações estudantis pró-Palestina crescem por todo mundo após as manifestações nos Estados Unidos. Nesse sentido, estudantes solidários à causa palestina em Valência, uma comunidade autônoma da Espanha, convocaram uma manifestação em prol da Palestina nesta quarta-feira (08/05), na Universidade de Alicante (UA).
Segundo um comunicado da Frente Estudantil, a ideia da mobilização é juntar força com a rede de protestos em instituições que “inundou o mundo inteiro” em solidariedade com os estudantes palestinos que “enfrentaram o horror dos bombardeios indiscriminados contra as suas universidades”.
Assim, os estudantes organizaram um acampamento de resistência pela libertação palestina no Rock Garden, um dos locais do campus acadêmico.
Nos Estados Unidos, os acampamentos tiveram forte presença na Universidade de Columbia, em Nova York. Todos os atos evocam uma só voz: o cessar-fogo e corte de relação diplomáticas e de investimento com o Estado de Israel.
Inclusive no Brasil, já que estudantes da Universidade de São Paulo (USP) deram início a um acampamento em defesa da Palestina e contrário ao governo de Benjamin Netanyahu no vão do prédio de história da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).
Na USP, a mobilização é apoiada por mais de 40 organizações e movimentos sociais, liderado pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino (ESPP-USP). O acampamento abriu espaço para manifestações de União da Juventude Comunista (UJC), Juventude do PT, Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp) e Sindicato dos Metroviários
Já na Espanha, além de Valência, alunos pró-Palestina na Universidade do País Basco, outra comunidade autônoma espanhola, também mantêm mobilizações semelhantes, com diversos jovens acampados nos edifícios da instituição.
Os manifestantes exigem que as suas reitorias e o governo de Pedro Sánchez rompam relações com Israel e reconheçam ainda as diferenças de tratamento entre o conflito na Ucrânia e a guerra em Gaza.
Na Universidade de Barcelona, os estudantes protestaram nesta terça-feira (07/05) em frente ao Edifici Històric, um dos principais prédios da faculdade espanhola, contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que deixou cerca de 35 mil palestinos mortos.
Através de um comunicado, os alunos denunciaram a cumplicidade dos países da União Europeia e dos Estados Unidos “que apoiam Israel e a sua política de ocupação colonial e limpeza étnica”.
Protestos se espalham pela Europa
Segundo a imprensa espanhola, outras regiões com protestos acadêmicos semelhantes são em Madri e Sevilla.
Fora da Espanha, mobilizações acontecem na França, Reino Unido, Alemanha, Irlanda e Itália.
As universidades britânicas University College London (UCL) e Warwick, juntamente com estudantes em Leeds, Newcastle e Bristol, montaram tendas contra o genocídio de Israel na Faixa de Gaza em frente aos edifícios universitários desde a última quinta-feira (02/05).
Na França, a Universidade Sorbonne e a Sciences Po tornaram-se o centro do movimento estudantil antissionista.
Como nos Estados Unidos e na Espanha, os demais mobilizados na Europa pedem pelo cessar-fogo e desinvestimento das instituições acadêmicas em Israel.
(*) Com Brasil247 e TeleSUR