Atualizado às 15h26
O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, ordenou, nesta terça-feira (10/12), a libertação de manifestantes que participaram de protestos contra o governo nas últimas três semanas.
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A decisão foi anunciada após uma reunião entre Yanukovich e três ex-presidentes do país, que apoiam as manifestações. Segundo informou a agência britânica BBC, pelo menos 31 pessoas foram detidas durante os confrontos entre manifestantes e policias nas últimas semanas.
As libertações passaram a ser uma das principais exigências dos manifestantes, que também pedem a renúncia de Yanukovich, e a antecipação de novas eleições.
Sobre o acordo com a UE (União Europeia), que ainda pode ser assinado durante cúpula marcada para março de 2014 e foi o estopim para as manifestações, Yanukovich disse que as condições devem satisfazer a “Ucrânia, os produtores e o povo”. “Assim que conseguirmos nos entender e alcançarmos tal compromisso o assinaremos”, disse, durante a reunião com os antecessores.
O presidente ainda ressaltou que o acordo, se tivesse sido assinado em seu formato atual, poderia prejudicar o setor agrícola do país.
Já a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, que chegou hoje (10/12) em Kiev, afirmou que é inadmissível que um país exija compensações em troca da associação.
Ashton e Yanukovich já iniciaram uma reunião, segundo fontes da UE.
Agência Efe
Pelo menos 2,000 pessoas permanecem na Praça da Independência, em Kiev, em protesto contra o governo
A recusa do presidente a um acordo de livre-comércio com a UE marcou o início dos protestos. A razão explicada pelo chefe de Estado é que ele seria prejudicial às camadas mais pobres do país, mas a oposição afirma que a decisão tem forte influência do governo russo, que almeja uma relação econômica mais intensa com a Ucrânia.
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Protestos
No domingo (08/12), mais de 100.000 pessoas saíram às ruas de Kiev para apoiar os protestos e pedir a renúncia do presidente. Na segunda (09/12), a polícia começou um processo de desocupação tanto da Praça da Independência, a principal da capital, como de prédios estatais, retirando barricadas montadas por manifestantes.
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A sede do governo, que estava cercada, impedindo a entrada do presidente desde o início das manifestações, também foi liberada.
Apesar disso, a agência Reuters informou que, na manhã de hoje, 2.000 pessoas permaneciam acampadas na Praça da Independência, ponto de referência para os últimos protestos.
(*) com agências de notícias internacionais