Atualizada às 21h10
O deposto presidente egípcio Mohammed Mursi e outros 132 dirigentes e membros de grupos islamitas serão julgados “por fugir da prisão de Wadi Natrun, incendiar a cadeia e facilitar a fuga de presos durante a revolução de 2011”, afirmou em nota oficial o governo do país neste sábado (21/12). Segundo informações da Agência Efe, a Procuradoria Geral encaminhou o caso ao Tribunal Penal do Cairo, que deve fixar uma data para o início do julgamento.
Os procuradores afirmam que os militares da Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, do Hamas, do Hezbollah e dos jihadistas atacaram prisões e postos de polícia nos primeiros dias da revolta de 2011. Os ataques provocaram a morte de policiais e possibilitaram a libertação de milhares de detidos.
Preso após a sua destituição, em 3 de julho, Mursi aguarda julgamento pelo delito de “cumplicidade na morte de manifestantes” quando exercia o cargo de presidente do Egito. O presidente também deverá ser julgado por espionagem por “perpetrar ações terroristas, implicando o Hamas e grupos jihadistas”, segundo informações da Agência Lusa.
Mohamed Mursi foi o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito e acabou deposto pelo exército após diversas jornadas de protestos populares. Desde então, mais de mil pessoas, na sua maioria islamitas, foram mortas em confrontos com a polícia nas ruas e milhares foram presas.
(*) Com informações da Agência Brasil e Efe
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