O vice-presidente argentino, Amado Boudou, negou nesta sexta-feira (07/02) ter qualquer responsabilidade sobre um suposto esquema de corrupção local conhecido como Caso Ciccone.
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Ao deixar o tribunal de Comodoro Py, o vice-presidente disse ter prestado esclarecimento de que todas as acusações eram mentira. “Vim me colocar inteiramente à disposição. Sou o principal interessado nesta causa.”
Agência Efe
Boudou sai do carro para prestar depoimento nesta sexta-feira
Boudou é acusado de participar em “atividades incompatíveis” com seu cargo de servidor público e de enriquecimento ilícito, quando era ministro da Economia de Cristina Kirchner (2009-2011).
A Justiça está investigando Boudou por seu suposto uso de influência política para beneficiar a Gráfica Ciccone, que imprimia as notas de pesos argentinos. A empresa era controlada pela sociedade Old Fund, presidida por Alejandro Vandenbroele, que foi advogado e é amigo do sócio de Boudou, José Maria Nunez Carmona. As suspeitas são que Vanderbroele teria obtido uma moratória excepcional, para refinanciar a dívida da gráfica e contratos com o Estado, graças a Boudou.
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Mais cedo, a Casa Rosada também tinha saído em defesa de Boudou. “Houve perseguição sistemática e linchamento midiático”, descreveu Jorge Capitanich, chefe de Gabinete do governo argentino, um dos principais articuladores políticos da presidente, Cristina Kirchner.
“Tanto o direito à legítima defesa, quanto o princípio da presunção de inocência, são inalienáveis”, ressaltou, lembrando que a separação dos poderes deve ser respeitada.
Capitanich também rechaçou os pedidos de renúncia do vice-presidente alardeados pela oposição argentina ainda ontem, logo após a divulgação da notícia de que Boudou seria intimado a depor.