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As revelações de Edward Snowden sobre a espionagem em massa promovida pelos Estados Unidos na internet e em serviços de telefonia impactaram o mundo todo, levando, inclusive, o presidente Barack Obama a pedir formalmente que a coleta de dados telefônicos parasse no país. Inspirada nesses eventos, ocorrerá em São Paulo a CryptoRave, com mais de 28 atividades sobre segurança, criptografia, hacking, anonimato, privacidade e liberdade na rede.
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Entre os dias 11 e 12 de abril, no Centro Cultural São Paulo durante 24 horas, a CryptoRave terá palestras sobre diversos temas relacionados ao uso da internet por indivíduos e governos, como o debate “Cyberguerra e militarização na internet”, com a participação de Sérgio Amadeus, professor da UFABC (Universidade Federal do ABC).
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Outra palestra promete ensinar aos participantes como dar prejuízo à NSA, tornando seus filtros ineficientes e detendo a vigilância em massa. As vítimas da “luta pela liberdade na rede”, como a soldado Chelsea Manning, que vazou milhares de dados secretos do Exército norte-americano ao Wikileaks e agora cumpre pena de 35 anos em uma prisão militar, serão também serão lembradas no evento.
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A CryptoRave trará ainda uma palestra sobre jornalismo investigativo e espionagem, que deve abordar “a obscura relação entre as agências de inteligência dos EUA e as instituições brasileiras”, segundo a descrição, e o Marco Civil da internet, aprovado nesta semana no Brasil e destacado na imprensa internacional como iniciativa pioneira. Até mesmo a crise na Ucrânia será discutida, em uma palestra sobre segurança, vigilantismo e soberania.
A ideia da CryptoRave veio da ação global e descentralizada da CryptoParty, que teve sua primeira edição no Brasil em 30 de novembro do ano passado, também em São Paulo. A participação nas atividades é aberta, mas os interessados devem antes fazer sua inscrição gratuita no site do evento.