Atualizada às 17h18
Poucas horas após a queda do avião da Malaysia Airlines nesta quinta-feira (17/07), o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou que não se tratou de um “incidente”, nem de um “desastre”, mas de “um ato terrorista”, como noticiou a agência Interfax. Mais cedo, Poroshenko disse não descartar a possibilidade de que o avião tenha sido abatido por militantes pró-Rússia, que negaram a ação.
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Companhia aérea enfrenta problemas financeiros após acidente do MH 370 cuja aeronave ainda não foi encontrada
Durante uma conversa telefônica, o mandatário norte-americano, Barack Obama, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, falaram da queda da aeronave, como confirmaram a Casa Branca e o Kremilin. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, Obama advertiu que “etapas adicionais estarão sobre a mesa se a Rússia não mudar de rumo”.
Funcionários da inteligência dos EUA confirmaram que avião malaio foi atingido por um míssil, mas não têm posicionamento ainda sobre a origem do mesmo, informou o Wall Street Journal.
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Obama classificou o incidente de “tragédia terrível” e acrescentou que uma equipe irá determinar se havia algum norte-americano a bordo. “Esta é nossa maior prioridade”, disse. “Os Estados Unidos vão oferecer toda assistência necessária para ajudar a esclarecer o que aconteceu e por que”, disse.
Ontem, os chefes de Estado e de governo da União Europeia decidiram ampliar a base legal de suas sanções para “alcançar o máximo de entidades que representam uma ameaça para a integridade da Ucrânia”.
A agência russa Interfax noticiou que a rota do avião MH17 é a mesma feita por Vladimir Putin minutos antes, o que levantou a suspeita na Rússia de um possível plano para assassinar o presidente, que voltava da cúpula dos BRICs no Brasil.
Imagem mostra a posição da aeronave instantes antes do desaparecimento:
Malaysia Airlines flight #MH17 just before it disappeared over Ukraine. pic.twitter.com/xvDHsEQtkg
— Flightradar24 (@flightradar24) 17 julho 2014
Vítimas
Serviços de emergência encontraram pelo menos 100 corpos na região próxima ao vilarejo de Grabovo, em Donetsk, próximo à fronteira com a Rússia.
A porta-voz do governo norte-americano, Jen Psaki, durante uma coletiva de imprensa, não confirmou a presença de cidadãos norte-americanos no voo. Agências internacionais, no entanto, disseram que na aeronave havia cidadãos norte-americanos, franceses, holandeses, alemães e russos.
Desastre aéreo
O avião com 295 pessoas caiu hoje na fronteira da Ucrânia com a Rússia, de acordo com a agência Interfax. O avião voava de Amsterdã para Kuala Lumpur, afirmou uma fonte da indústria da aviação à agência.
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A Malaysian Airlines confirmou, em seu Twitter, que perdeu contato com o avião enquanto ele sobrevoava território ucraniano, na região proxima à cidade de Donetsk. A companhia informa que manteve contato com a aeronave pela última vez às 14h15, Hora Média de Greenwich (11h15, horário de Brasília), a 30 km da cidade ucraniana de Tamak, distante cerca de 50 km da fronteira entre Ucrânia e Rússia.
Em seu Facebook, o chefe do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Geraschenko, afirmou que o avião teria sido derrubado por um míssil dos militantes pró-Rússia que atuam na região.
A República Popular de Donetsk, no entanto, rejeitou qualquer envolvimento no incidente, como informou a agência RT. Eles garantem que suas forças de defesa não têm esse tipo de equipamento militar.
Mais cedo, o governo ucraniano acusou a Rússia de derrubar um de seus aviões de guerra, modelo Su-25, o que obrigou o piloto a ejetar, segundo Andrei Lisenko, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano. O fato aconteceu ontem, de acordo com Kiev.
Espaço aéreo ucraniano
Após a notícia da queda do avião, uma série de companhias aéreas já informaram que estão desviando suas rotas para evitar o espaço aéreo ucraniano. Entre as empresas que já confirmaram a alteração, estão: a francesa Air France, a alemã Lufthansa, britânica British Airways, a holandesa KLM, a turca Turkish Airlines e a russa Transaero.