Em conversa telefônica nesta quarta-feira (03/09), os presidentes de Rússia, Vladimir Putin, e Ucrânia, Petro Poroshenko, discutiram uma série de medidas para colocar fim ao conflito na parte leste do território ucraniano, que se arrasta desde novembro de 2013. O Kremlin, no entanto, nega que a assinatura de um acordo de cessar-fogo, como anunciou Kiev, “porque não é parte no conflito armado”.
No diálogo com Poroshenko, Putin expôs sete pontos que ele considera imprescindíveis para a paz entre Ucrânia e os separatistas pró-Rússia, que controlam importantes cidades das regiões de Donetsk e Lugansk.
São eles: 1) As milícias devem cessar o avanço militar em Donetsk e Lugansk; 2) As Forças Armadas de Kiev devem retirar-se a uma distância que exclua a possibilidade de ataque aos assentamentos separatistas; 3) Implementação total e objetiva de um cessar-fogo, monitorado por observadores internacionais; 4) Interromper o uso de aviões de combate contra civis e vilarejos; 5) Troca dos prisioneiros capturados pelos dois lados do conflito, sem condições prévias; 6) Criação de corredores humanitários para movimentação de refugiados e entrega de ajuda humanitária nas regiões de Donetsk e Lugansk; 7) Permissão de acesso e suporte às pessoas que possam reparar as infraestruturas abaladas pelo conflito.
Agência Efe
Em visita à Mongólia, Putin apresentou sete pontos para tentar mediar conflito no leste da Ucrânia
Após o anúncio do governo Poroshenko de que haveria um cessar-fogo, os separatistas pró-Rússia também desmentiram o acordo. “A proposta de Kiev não pode ser desenvolvida enquanto as forças ucranianas seguirem no território da região de Donetsk”, assinalou Andrei Purguin, um porta-voz do vice-primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, à agência russa RIA Novosti.
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