Seis meses após o sequestro de mais de 200 garotas na Nigéria, o governo do país anunciou nesta sexta-feira (17/10) que chegou a um acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Boko Haram, responsável pelo rapto das meninas.
Segundo afirmou o principal assessor do presidente Goodluck Jonathan à agência AFP, o trato entre as partes inclui a liberação das 219 garotas mantidas sob cativeiro desde o mês de abril.
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Efe
Campanha “Bring Back Our Girls” (Tragam nossas meninas de volta) ganhou força após o sequestro das garotas, há seis meses
Um acordo de cessar-fogo foi concluído entre o Governo Federal da Nigéria e o Jama'atu Ahlis Sunna Lidda'awati wal-Jihad [nome, em árabe, do Boko Haram]”, disse Alex Badeh, chefe da equipe de Defesa da Nigéria. O marechal também ordenou que as tropas comecem imediatamente a cumprir a trégua.
Os termos do acordo não foram divulgados, mas sabe-se que o Boko Haram colocava como condição para a liberação das sequestradas a soltura de uma série de prisioneiros detidos pelo governo nigeriano.
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O sequestro em massa aconteceu em 14 de abril deste ano na aldeia de Chibok, localizada no nordeste do país, quando 270 meninas foram abduzidas, o que gerou comoção internacional e movimentos como o chamado “Traga nossas garotas de volta” (“Bring Back Our Girls”).
Algumas das vítimas conseguiram fugir ou foram libertadas, mas 219 permanecem em cativeiro. A lenta resposta das autoridades nigerianas levou a população local e governos internacionais a questionarem a capacidade de Jonathan em lidar com a ameaça do grupo islâmico, considerado terrorista por diversos países — desde 2009 o Exército do país tenta derrotar as forças do Boko Haram.