Depois de hiato de seis semanas, a revista satírica Charlie Hebdo voltará às bancas da França na quarta-feira (25/02) com as caricaturas de alguns dos alvos favoritos da publicação, como o ex-presidente Nicolas Sarkozy, um jihadista, o papa Francisco e a líder da extrema-direita francesa, Marine le Pen.
«C'est reparti» à la une du nouveau «Charlie» http://t.co/gYwNw1Mt4w pic.twitter.com/e5vp4gTae8
— Libération (@libe) 23 fevereiro 2015
O número 1179 da revista terá tiragem inicial de 2,5 milhões de exemplares e é o segundo a ser lançado depois dos ataques à sede da redação que deixaram 12 mortos no dia 7 de janeiro de 2015.
A nova capa, ilustrada pelo chargista Luz – um dos sobreviventes do massacre -, mostra um cachorro correndo com a Charlie Hebdo entre os dentes enquanto foge de um grupo raivoso liderado por Sarkozy em forma de poodle e Le Pen encarnada em um pit bull.
Além deles, um jihadista com cara de cachorro, o papa Francisco e um microfone do canal de notícias francês BFMTV, entre outros, tentam capturar o cão com a revista.
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Na primeira edição após o atentado, a publicação teve recorde histórico de vendas, com mais de 8 milhões de exemplares, trazendo Maomé e os dizeres “tudo é perdoado”, em sua capa.
“É preciso que se fale do retorno de Charlie, mas para dizer que Charlie volta a fazer seu trabalho contra a estupidez, contra a Frente Nacional”, disse Luz ao jornal Libération, atual sede da revista.
Além dos trabalhos de Luz, dois novos chargistas se juntaram à equipe de Charlie Hebdo: o argelino Dilem e o francês Pétillon, que até então trabalhava em outra grande publicação satírica francesa, Le Canard enchaîné.