O filho de um funcionário do governo do Quênia estava entre os autores do ataque à universidade de Garissa, que matou 148 pessoas na última semana no país. A informação foi anunciada neste domingo (05/04) pelo ministro do Interior do Quênia, Moenda Njoka.
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Agência Efe
Ataque armado à universidade de Garissa, no Quênia, matou 148 pessoas na última quinta-feira (02/02)
O homem, identificado como Abdirahim Mohammed Abdullahi, é filho do chefe de governo de Mandera, província no extremo nordeste do Quênia. A região faz divisa com a vizinha Somália, base do grupo terrorista Al Shabaab, que assumiu a autoria do atentado e é filiada à Al Qaeda. Os quatro homens identificados como autores da ação da última quinta (02/04) forma mortos pelas forças de segurança quenianas.
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Segundo reportou a agência AP, o político reportou o desaparecimento do filho no ano passado. Um de seus temores era que o rapaz pudesse ter fugido para a Somália. Abaulai havia graduado-se em direito na Universidade de Nairóbi, capital queniana, em 2013. Pessoas próximas afirmam que ele era visto como um “brilhante futuro advogado”.
Al Shabaab: 'Cavem seus túmulos'
O governo do presidente queniano Uhuru Kenyatta declarou três dias de luto oficial, em meio às comemorações da páscoa cristã no país. Diversas igrejas no Quênia contrataram escolta e segurança armada para proteger as congregações no feriado religioso.
Agência Efe
Igrejas no Quênia contrataram segurança armada particular para proteger fiéis durante comemoração da páscoa cristã
O grupo Al Shabaab havia divulgado ontem um comunicado — intitulado “Enterrando as esperanças do Quênia” — ameaçando o governo com mais ataques: “enquanto [o governo queniano] persistir em seguir o caminho da opressão, pôr em prática políticas repressivas e continuar com a sistemática perseguição de muçulmanos inocentes, nossos ataques também continuarão”.
A organização fundamentalista islâmica havia assumido a responsabilidade pelo atentado à universidade de Garissa, afirmando tratar-se de uma retaliação à participação militar do Quênia, cujas tropas integram a missão da União Africana para combater extremistas na Somália.