Segundo dados divulgados pelo Pentágono na sexta-feira (09/01), foi registrado um aumento de 50 por cento no número de casos de agressão sexual em três das cinco academias militares dos EUA, no ano letivo de 2015 em comparação ao de 2014.
Foram registrados 91 casos de assédio na Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, Maryland; Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova Iorque; e na Academia da Força Aérea dos Estados Unidos no Colorado. Em 2014, 59 casos foram registrados nas três escolas.
Reprodução/ Facebook U.S. Air Force Academy
Campus da Academia da Força Aérea, que registrou o maior aumento de casos
A situação é mais grave na Academia da Força Aérea, onde os números quase dobraram: de 25, em 2014, para 49, em 2015.
Um oficial disse à Associated Press que o crescimento de casos registrados se deu, majoritariamente, por causa da maior confiança entre os cadetes em denunciar agressores. No entanto, ainda não foi possível concluir se a grande quantidade de agressões é um reflexo apenas da maior disposição das vítimas em denunciar a violência ou também representa um aumento real de assédios sexuais nas academias.
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“Acho que é apropriado as pessoas se sentirem frustradas ao saberem dessa notícia. A verdade é que se este fosse um problema fácil, nós já o teríamos resolvido anos atrás”, disse à AP, Nate Galbreath, conselheiro executivo da Unidade de Resposta e Prevenção de Agressões Sexuais do Pentágono.
De acordo com Galbreath, a recomendação deste ano é que as academias passem a enfatizar a prevenção e o treinamento contra o assédio sexual, visto que, em geral, o assédio leva à agressão.
“Essa melhora na ênfase sobre o assédio sexual irá, provavelmente, levar à prevenção da agressão sexual. Nós estamos mais espertos agora e sabemos que muitos outros fatores influenciam na hora de prevenir a violência”, argumentou.