O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou nesta quarta-feira (24/02) que vai convocar um referendo para que a população decide se aceita ou não, sem que o parlamento aprove, as cotas de refugiados que a União Europeia determinou para cada país do bloco. Ainda não há data para a realização da votação.
Agência Efe
Refugiados observam cerca na fronteira da Sérvia com a Hungria; Budapeste fará referendo
A pergunta será “Você concorda que a UE ordene a realocação obrigatória de cidadãos não-húngaros na Hungria mesmo sem o consentimento do Parlamento?”. A expectativa é que Orbán, declaradamente contra a entrada de refugiados no país, consiga apoio à sua posição.
Segundo o premiê, os que votarem ‘não’ no referendo estarão defendendo a “independência do país”.
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Em setembro de 2015, a União Europeia – apesar da oposição de países do leste, como República Tcheca, Hungria e Romênia – aprovou o acolhimento de 20 mil refugiados com o cumprimento de cotas obrigatórias entre os membros do bloco.
Agência Efe
Para Orbán, votar 'não' no referendo é 'defender independência da Hungria'
O acordo prevê a realocação, no primeiro ano, de 66 mil refugiados que se encontram na Grécia e na Itália – países de entrada para a Europa – e outros 54 mil que estão na Hungria durante o próximo ano.
A medida não permitirá que os refugiados sigam para os países de sua preferência. “Os refugiados não poderão escolher para qual país irão, e precisarão permanecer onde foram alocados”, declarou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière.