Agências de inteligência de Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha estão avaliando arquivos do grupo extremista Estado Islâmico vazados nesta quarta-feira (09/03) à imprensa internacional.
Os documentos, que listam cerca de 22 mil nomes de pessoas de pelo menos 40 países já membros ou interessadas em se unir ao EI, foram obtidos por veículos da imprensa da Alemanha, Reino Unido e Síria. Um ex-membro do EI, descontente com o grupo, teria vazado os documentos para um jornalista britânico da emissora Sky News.
EFE
Documentos vazados conteriam nomes, endereços, números de telefone e descrição de 22 mil pessoas
As fichas relacionam pessoas recrutadas em 2013 e listam números telefônicos, endereços e descrições dos supostos membros, e parte dos arquivos foi disponibilizada em árabe na internet. Autoridades norte-americanas, britânicas e alemãs reconheceram que parte das informações presentes nas fichas dizem respeito a militantes cuja morte já foi documentada e que pode haver nomes duplicados.
Segundo o jornal britânico The Guardian, analistas internacionais levantaram dúvidas sobre a autenticidade dos arquivos, mas as agências de inteligência dos três países consideram que a maior parte das informações reportadas nos documentos é verdadeira.
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A secretária do Interior do Reino Unido, Theresa May, declarou que não pode comentar “assuntos de segurança nacional” e ressaltou que “é importante que trabalhemos juntos para enfrentar essa ameaça”.
O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, declarou hoje que os arquivos “provavelmente são verdadeiros”.
“O Escritório Federal de Investigação alemão atua com a suposição de que os documentos são autênticos”, disse o ministro. Segundo Maizière, as informações podem ajudar nas denúncias contra membros do grupo e dificultar o alistamento de pessoas interessadas em integrar o EI.
“Nós podemos melhorar nossa compreensão das estruturas dessa organização terrorista. E, possivelmente, isso irá desencorajar pessoas jovens e radicalizadas que acreditam que estão fazendo algo bom ao se tornar membros de uma organização criminal”, afirmou.