O partido ultranacionalista Liberdade (FPÖ, sigla em austríaco) contestou nesta quarta-feira (08/09) o resultado das eleições presidenciais da Áustria, que deram vitória para o ecologista Alexander Van der Bellen com uma diferença de apenas 31 mil votos do candidato do FPÖ, Norbert Hofer.
O presidente da legenda, Heinz-Christian Strache, afirmou terem ocorrido “falhas e irregularidades” durante a apuração de alguns dos 700 mil votos enviados pelo correio, do total de 4.472.171 votos nas eleições. O pedido de investigação das supostas irregularidades foi enviado à Corte Constitucional austríaca.
Agência Efe
Heinz-Christian Strache afirmou terem ocorrido “falhas e irregularidades” durante apurações
“Não somos maus perdedores, isto é sobre garantir a democracia. A desconfiança é justificada. Sem estas falhas e irregularidades Norbert Hofer poderia ser presidente”, afirmou Strache a jornalistas. Antes da apuração dos votos por correio, o ecologista Van der Bellen e o ultranacionalista Hofer estavam empatados.
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Segundo a agência de notícias do país APA, o presidente do FPÖ entregou três documentos: um redigido por ele mesmo, outro pelos “eleitores e cidadãos” de sua legenda e um terceiro redigido pelo ex-candidato Hofer.
Entretanto, após a divulgação dos resultados do pleito, em maio, Hofer aceitou sua derrota, pedindo, inclusive, que seus eleitores apoiassem Van der Bellen, que deve ser empossado no dia 8 de julho. “Nós devemos nos unir, não há sinais de fraude eleitoral”, disse Hofer na época.
A Corte Constitucional da Áustria deve analisar o pedido e emitir uma resposta em até quatro semanas. Caso o órgão ache que erros durante a apuração tenham sido cometidos de forma a alterar o resultado das eleições, ele poderá anular parte do processo e repetir a votação ou a apuração em certas regiões do país.