Uma ONG da Bósnia-Herzegovina alertou nesta segunda-feira (18/07) os usuários do jogo de realidade aumentada “Pokémon Go” sobre o perigo de entrar nos campos minados que ainda existem no país enquanto buscam pokémons no celular.
A organização Posavina bez mina (Posavina sem minas, em referência a uma região do país) afirmou por meio de sua conta do Facebook que “há casos de usuários do aplicativo Pokémon Go que entram em zonas de risco ou duvidosas para encontrar algum pokémon”.
Agência Efe
ONG alertou para jogadores de “Pokémon Go” os perigos de buscar pokémons em campos minados
“Pedimos aos cidadãos que respeitem os sinais de perigo de minas instaladas e que não entrem em áreas que desconhecem”, declarou a ONG.
Mais de 2% do território da Bósnia-Herzegovina continua minado mesmo 20 anos depois da guerra, que durou de 1992 a 1995 e deixou cerca de 84 mil artefatos no solo.
NULL
NULL
As explosões nos campos minados no país já atingiram 1.739 pessoas e causaram 606 mortes desde o início das operações de desativação de minas, que começou em 1996. Além disso, por volta de 550 mil pessoas vivem próximas às áreas consideradas de risco.
O jogo de realidade aumentada “Pokémon Go” foi desenvolvido pela Nintendo para smartphones. Nele, os usuários devem caçar monstros animados, os pokémons, que ficam sobrepostos a cenários reais, por meio de um mecanismo que utiliza as câmeras dos celulares.
Anteriormente neste mês, o jogo esteve envolvido em outra polêmica, pois direcionava usuários à caça de pokémons para o Museu do Holocausto de Washington, nos Estados Unidos. Um dos monstros animados que poderia ser encontrado no memorial para vítimas do nazismo tinha a característica de emitir um gás venenoso.
Na ocasião, a direção de comunicação do museu afirmou não ser um local apropriado para jogar “Pokémon Go” e disse que tentaria excluir o museu do jogo.
*com Agência Efe