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Aula Pública Opera Mundi: o que a saída do Reino Unido representa para a União Europeia?

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Giorgio Romano, doutor em sociologia pela USP e professor da UFABC, analisa os desdobramentos políticos e econômicos do Brexit

Redação

2017-12-14T10:33:00.000Z

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Opera Mundi TV

Na Aula Pública, Giorgio Romano explica o que Brexit representa para a União Europeia


Após 44 anos na UE (União Europeia), o Reino Unido avança para sair do bloco europeu. Conhecida como "Brexit", a saída envolve um novo plano de organização econômica e social. No entanto, apesar do apoio de parte da população e também de dirigentes britânicos, a saída ainda desperta dúvidas, principalmente em relação às implicações comerciais. É fundamental, nesse sentido, contextualizar a participação histórica do Reino Unido na Europa para compreender como se desenha o futuro.

Essa é a análise de Giorgio Romano, doutor em Sociologia pela USP e professor da UFABC, ao discutir "O que a saída do Reino Unido representa para a União Europeia?", na Aula Pública. Para o especialista, a participação britânica nunca foi imediata e integral como a dos outros países europeus, o que significa não há possibilidade de uma ruptura radical.

"A Inglaterra nunca entrou de fato para a UE (União Europeia). É radical dizer isso, mas, numa perspectiva histórica, podemos notar que os britânicos sempre se consideraram diferentes dos outros países europeus, a tal ponto de não participar do processo de construção da Comissão Europeia — estrutura precursora da UE", diz.

Assista ao primeiro bloco da Aula Pública com Giorgio Romano: o que a saída do Reino Unido representa para a União Europeia?

No segundo bloco, Giorgio Romano responde perguntas do público da UFABC, em São Bernardo do Campo.


"Da direita à esquerda, nunca houve entusiasmo em relação à integração europeia na Inglaterra. Apenas setores financeiros e multinacionais eram entusiastas ao projeto de abertura das fronteiras. Em contrapartida, a principal diferença entre os países europeus e os ingleses é sobre a integração política e econômica. Inglaterra sempre defendeu um comércio livre, mas sem regulações políticas e econômicas. É inimaginável para os ingleses que alguém possa tomar uma decisão que se sobreponha ao Parlamento — uma instituição milenar. Isso significa que, ao adentrar ao projeto europeu, o Reino Unido sempre tenta frear os avanços de integração. Para isso, criou mecanismos, como o opt out (escolher não participar), para estar na União Europeia de forma facultativa", explica Giorgio Romano.

Para o especialista, o voto contra a União Europeia no referendo, na verdade, representou um voto contra a austeridade e a crise que os britânicos enfrentavam. "Ninguém sabe ainda o que significa o Brexit e a saída da União Europeia. Há tanta legislação em comum, tanta integração, que as implicações ainda não foram estudadas com exatidão. Por exemplo, há 3,6 milhões de pessoas trabalhando e morando na Inglaterra com passaporte europeu", conclui.

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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