O Ministério das Relações Exteriores enviou uma nota à embaixada da China no Brasil afirmando que a resposta da diplomacia chinesa ao deputado Eduardo Bolsonaro foi “ofensiva”.
O documento brasileiro foi divulgado pela emissora CNN e tem data da última quarta-feira (25/11).
O Itamaraty se referiu à resposta de Pequim frente as acusações do filho do presidente Jair Bolsonaro de que havia uma suposta “espionagem da China” no 5G.
Eduardo publicou na última segunda-feira (23/11) uma mensagem sobre o 5G, internet móvel de quinta geração, nas redes sociais, na qual fez acusações contra o país asiático.
Na publicação, ele afirmou que o governo brasileiro apoia uma “aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, indicando o Partido Comunista da China como “inimigo da liberdade”. O conteúdo, porém, foi apagado nesta terça (24/11).
A Embaixada da China no Brasil acusou Eduardo Bolsonaro, de realizar declarações “infames” e “infundadas” sobre Pequim, além de colocar em risco a relação entre as duas nações.
Wikicommons
Eduardo afirmou que o governo brasileiro apoia uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China"
“Tais declarações infundadas não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Prestam-se a seguir os ditames dos EUA no uso abusivo do conceito de segurança nacional para caluniar a China e cercear as atividades de empresas chinesas”, apontou a representação chinesa.
O Itamaraty, de acordo com a nota divulgada pela CNN, disse que “o tratamento de temas de interesse comum por parte de agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil através das redes sociais não é construtivo” e classificou o tom utilizado por Pequim como “ofensivo”.
*Com ANSA