A chefe de campanha de Joe Biden, Jen O'Malley, afirmou nesta quarta-feira (04/11) que se a apuração fosse interrompida “neste momento”, o candidato democrata seria o vencedor. As declarações foram dadas por volta das 12h.
Isso porque o ex-vice-presidente passou a liderar a contagem nos estados de Wisconsin e Michigan ainda nesta manhã, resultados que, se confirmados e aliados com uma provável vitória em Nevada, daria a Biden os 270 votos eleitorais necessários para vencer.
Apoie a imprensa independente: faça uma assinatura solidária de Opera Mundi
O'Malley citou as declarações do presidente Donald Trump feitas nesta madrugada, quando o republicano declarou vitória mesmo sem um resultado definido e disse que iria à Suprema Corte para “que não se contem mais votos”. As falas de Trump vieram enquanto o mandatário liderava em Wisconsin e Michigan.
“Ontem à noite, o presidente disse falsamente que ganhou as eleições e pediu que os votos não fossem mais contados. […] se o desejo de Trump fosse atendido e a apuração fosse paralisada neste momento, o vice-presidente Joe Biden seria o próximo presidente dos Estados Unidos”, disse a chefe da campanha do democrata.
Wisconsin (10 votos eleitorais) tem 97% das urnas apuradas e Biden lidera no Estado, com 49,5% dos votos, menos de um ponto percentual à frente de Trump, que aparece com 48,8%. Já em Michigan (16 votos eleitorais), que alcançou 92% da apuração, o democrata aparece com 49,5%, enquanto o republicano tem 48,8%. Em votos populares, Biden alcança 1.630.337 em Wisconsin e 2.582.966 em Michigan.
Biden já tem 238 votos eleitorais e, se a provável vitória democrata for confirmada em Nevada (6 votos eleitorais), junto com as “viradas” em Wisconsin e Michigan, pode somar mais 32 votos eleitorais e alcançar os 270 necessários para vencer.
“Nós acreditamos que estamos em um caminho livre para uma vitória ainda nesta tarde”, disse O'Malley.
Para Breno Altman, fundador de Opera Mundi, o plano de Trump de paralisar a apuração pode ter não ter efeito após as viradas de Biden em Wisconsin e Michigan.
“Trump, aparentemente, queria paralisar as apurações antes que houvesse a reviravolta em Michigan, em um momento em que ele poderia, vitorioso em outros cinco Estados, ser reeleito presidente dos Estados Unidos”, disse.
Acompanhe a apuração: