O deputado argentino Federico Fagioli, que foi detido na noite desta sexta-feira (16/10) ao desembarcar na Bolívia em condição de observador internacional das eleições gerais do país, foi solto neste sábado (17/10). A informação foi confirmada por outro parlamentar que faz parte da delegação da Argentina, Leonardo Grosso, que publicou uma foto ao lado de Fagioli.
Em entrevista à rádio argentina AM750, Fagioli afirmou que o governo boliviano tentou lhe sequestrar para impedir sua entrada no país.
“Tentaram me sequestrar. Quiseram me colocar em uma caminhonete que não estava identificada e me levar a um lugar que não queriam nos dizer. Além disso, atacaram um companheiro diplomata que estava conosco. Quiseram me tirar do país me forçando a assinar uma declaração que dizia que eu havia cometido crimes contra a humanidade”, disse o deputado.
Segundo o jornal Página12, a missão argentina que acompanhará as eleições gerais bolivianas deste domingo (18/10) já está segura na embaixada do país em La Paz.
Feliz Día de la Lealtad desde la Republica Plurinacional de Bolivia ✌??? pic.twitter.com/59dSipcLlG
— Leonardo Grosso (@Leonardo_Grosso) October 17, 2020
Reprodução/Federico Fagioli
Federico Fagioli foi detido ao desembarcar na Bolívia na condição de observador das eleições
O deputado argentino Federico Fagioli foi detido na noite deste sábado (16/10) ao desembarcar no aeroporto de El Alto, na Bolívia. O parlamentar integra a missão convidada pela presidente do Senado boliviano, Eva Copa, para acompanhar na condição de observadores internacionais as eleições gerais bolivianas.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, manifestou seu repúdio ao episódio e responsabilizou o governo da autoproclamada presidente Jeanine Áñez pela segurança dos observadores internacionais.
O candidato à presidência da Bolívia pelo partido Movimento ao Socialismo (MAS), Luis Arce, também condenou as ações dos policiais e exigiu respeito aos direitos dos observadores.
O Grupo de Puebla, organização formada por 30 líderes progressistas de 12 países da América Latina, também repudiou o episódio e chegou a pedir que a representação da União Europeia e da ONU na Bolívia intercedessem por Fagioli.