O líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou nesta terça-feira (21/11) que um acordo com Israel para instalar trégua ao conflito incessante desde o início de outubro “está próximo”. A informação é da agência de notícias turca Anadolu.
De acordo com Haniyeh, o Hamas apresentou “suas respostas” às autoridades do Catar, país mediador, mas sem fornecer mais detalhes.
Os jornais israelenses Haaretz e Times of Israel confirmaram a informação. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al-Ansari, as negociações estão “em um ponto mais próximo e atingiram a fase final”.
Pela parte israelense, um dos principais requisitos para que acordos sejam feitos é a libertação dos reféns, os quais o Hamas chama de prisioneiros de guerra. Segundo o governo de Tel Aviv, há 229 detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.
Diante disso, a Anadolu sublinhou que familiares desses reféns deixaram uma reunião com membros do governo de Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira (20/11) em forma de protesto.
O israelense Haaretz informou que a movimentação “expressava decepção quando os familiares foram informados de que os objetivos de libertar os reféns e derrubar o Hamas são igualmente importantes”.
Israel Defense Forces/Twitter
Para Israel, um dos principais requisitos para que acordos sejam feitos é a libertação dos reféns
Em outras ocasiões as famílias dos reféns já questionaram o governo de Israel pelos ataques e bombardeios em Gaza, que segundo o Hamas, também já vitimaram detidos israelenses.
Por sua vez, o Hamas objetiva trocar os mais de 200 reféns israelenses por civis palestinos que estão presos em Israel. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em julho havia 5 mil palestinos nessa situação, sendo 160 crianças.
O conflito entre Israel e Palestina foi iniciado em 7 de outubro por um ataque do Hamas ao território israelense, momento em que os reféns foram detidos e a maioria dos 1.200 mortos pelo lado de Tel Aviv foram atingidos.
Pelo lado Palestino, desde a retaliação israelense que insiste em ignorar declarações de órgãos internacionais e multilaterais, além de pedidos de cessar-fogo, pelo menos 13 mil pessoas já foram mortas na Faixa de Gaza, sendo mais de nove mil mulheres e crianças.
O sistema de saúde do enclave também colapsou, além de bombardeios e invasões em hospitais. Israel também instalou um bloqueio à Faixa, impedindo que água, alimentos e combustível entrem de forma plena e necessária para os mais de dois milhões de civis palestinos na região.