Mykhailo Podolyak, o principal conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu “erros táticos” na contraofensiva para recuperar territórios tomados pela Rússia.
Abastecido por armamentos ocidentais, o contra-ataque foi alardeado por Kiev no ano passado como um caminho para a vitória, mas, até agora, não produziu mudanças no status da guerra.
“A contraofensiva deixou um certo resíduo negativo. Houve erros táticos sobre os quais falam tanto o comando militar como o político”, disse Podolyak em entrevista ao Canal 24, da Ucrânia.
A declaração chega em meio a rumores sobre uma possível demissão do chefe do Exército, Valerii Zaluzhnyi, devido ao descontentamento com os resultados da contraofensiva.
“A Ucrânia deve mudar de tática”, admitiu o assessor, acrescentando que decisões sobre a substituição de líderes militares cabem ao “comandante em chefe”, ou seja, a Zelensky. “Essas posições não são eletivas ou políticas”, afirmou.
Volodymyr Zelenskyy/Twitter
Abastecido por armamentos ocidentais, contra-ataque foi alardeado por Kiev como caminho para vitória
Por sua vez, o parlamentar ucraniano Aleksei Goncharenko declarou, na segunda-feira (29/01), que Zaluzhnyi foi intimado a pedir demissão.
Já o The New York Times informou na terça-feira (30/01), citando fontes, que o governo ucraniano adiou a demissão de Zaluzhny devido a um vazamento de informações sobre sua possível renúncia.
E o jornalista investigativo norte-americano Seymour Hersh, veiculado pela Spuntniknews, afirmou na quinta-feira (01/02) que a possível demissão poderia decorrer de um suposto envolvimento em conversas secretas com autoridades ocidentais sobre a busca de um cessar-fogo com a Rússia.
Apesar das alegações, o Ministério da Defesa da Ucrânia e o porta-voz de Zelensky negaram os boatos de demissão do chefe do Exército ucraniano.
(*) Com Ansa e Sputniknews