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História

Hoje na História: 1891 - Gauguin viaja para o Taiti em busca de inspiração

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Pintor francês estava no auge da fama e realizara sua primeira revolução pictórica

Max Altman

2022-04-04T17:05:00.000Z

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Em 4 de abril de 1891, o pintor Paul Gauguin embarcou para o Taiti em busca de novas inspirações e sensações. O artista estava então no auge da fama e havia levado a efeito uma primeira revolução pictórica. Sua viagem iria ocasionar uma novidade e mudar a visão das pessoas sobre a Polinésia.

Paul Gauguin nasceu em 7 de junho de 1848 na família de um jornalista republicano. Tinha como avó materna Flora Tristan, uma militante operária que reivindicava uma origem peruana e se dizia filha adulterina de Simón Bolívar. Seu pai, obrigado a exilar-se após o golpe de Estado de Luis Napoleão Bonaparte, levou a família a uma estadia de vários anos em Lima. Por força dessa experiência, o pintor cultivaria ao longo de sua existência supostas “origens incas".

Ao se aproximar dos 30 anos, Gauguin - empregado de uma casa de câmbio e pai de 5 filhos - abandona o trabalho e depois a família para se dedicar plenamente à pintura. Ele chega a participar dos últimos lampejos do impressionismo para em seguida se engajar na arte do simbolismo e na arte decorativa. Em busca de novas sensações, se estabelece em 1886 na Bretanha, onde se encontra com outros pintores de vanguarda.


Ao simplificar seus desenhos e cores e ao abandonar o modelo e a perspectiva, o pintor se afasta da imitação da natureza. Seu estilo é adotado pelos jovens artistas da escola de Pont-Aven, entre os quais Emile Bernard e Paul Sérusier, dando origem ao movimento dos ”Nabis”.

Em 1888, após uma viagem aventurosa pela América do Sul, Panamá e Martinica, Gauguin recebe proposta de Vincent Van Gogh para se juntar a ele em Arles, na casa onde o pintor projetava criar o “Ateliê do Meio Dia”. O encontro viria a ser pontilhado de brigas a ponto de Van Gogh, num momento de desespero, ter cortado o lobo de sua orelha.

Picryl
Gauguin morre na miséria, abatido pelo alcoolismo, em 8 de maio de 1903, nas Ilhas Marquesas

De volta a Paris, Gauguin aproveita a venda de algumas telas para organizar sua viagem ao Taiti. Próximo do simbolismo, põe em prática, a sua maneira, um célebre poema deste movimento artístico:

“A carne, desgraçadamente, está triste e eu já li todos os livros.
Fugir ! Ali, fugir ! Sinto que os pássaros estão livres
 De estar entre a espuma desconhecida e os céus !”

(Stéphane Mallarmé, Brisa Marinha)

No Taiti, colonizado há pouco tempo pela França, o pintor buscou entre os indígenas maoris novas fontes de inspiração. Porém, a realidade trivial o decepciona e ele regressa à Europa em julho de 1893.

No entanto, dois anos mais tarde, ele retorna ao Taiti e em agosto de 1901, às Ilhas Marquesas, ainda virgens e distantes da civilização ocidental. Nos seus refúgios na Polinésia Francesa, Gauguin se comporta como um colono comum, reivindicativo em relação à administração, menosprezando os indígenas, amante do álcool e apreciador de carnes jovens.

Suas pinturas e esculturas representam o amor triste e os olhos vagos dos indígenas. Marcadas de pontos de interrogação – de onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? – elas traduzem as angústias de uma cultura em crise. Morre na miséria, abatido pelo alcoolismo, em 8 de maio de 1903, nas Ilhas Marquesas.

Também nesta data:

1832 - Charles Darwin chega ao Rio de Janeiro no navio Beagle
1949 - É assinado em Washington o Tratado do Atlântico Norte
1952 - Argentina cria base permanente em Esperanza, na Antártica
1960 - Filme épico Ben-Hur é premiado com 11 Oscars
1968 - Martin Luther King é assassinado
1975 - Microsoft é criada por Bill Gates e Paul Allen


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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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