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Hoje na História

Hoje na História: 1993 - World Trade Center é alvo de bomba em Nova York

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Prejuízo pelos danos causados nesse ataque foram estimados em mais de US$ 500 milhões; seis pessoas morreram

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2021-02-26T16:00:00.000Z

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Às 12h18 de 26 de fevereiro de 1993, explode uma bomba no estacionamento do primeiro subsolo do World Trade Center, em Nova York, em um atentado terrorista que provocou uma cratera de 20 metros de diâmetro e causou a destruição de diversos pisos de concreto nas vizinhanças do local. 

Embora o artefato não tivesse provocado danos profundos para a estrutura principal dos arranha-céus, seis pessoas morreram e perto de mil ficaram feridas. Ainda assim, o prejuízo causado pelos danos materiais do World Trade Center superaram os 500 milhões de dólares. 

Após o ataque, as autoridades evacuaram 50 mil pessoas dos edifícios, centenas delas vítimas de inalação de fumaça. Autoridades municipais e o FBI (Federal Bureau of Investigation) procederam a uma maciça caça de suspeitos e, em poucos dias, diversos fundamentalistas radicais islâmicos foram presos. 

Em março de 1994, Mohammed Salameh, Ahmad Ajaj, Nidal Ayyad e Mahmoud Abouhalima foram condenados por uma corte judicial por sua participação no atentado e cada um deles sentenciado à prisão perpétua. Salameh, um palestino, foi preso quando se dirigiu à locadora Ryder para recuperar os 400 dólares que havia deixado para a locação da van utilizada no ataque. Ajaj e Ayyad, responsáveis pela construção da bomba, foram presos logo depois. Abouhalima, que ajudou a comprar e compor os explosivos, fugiu para a Arábia Saudita, mas foi capturado no Egito duas semanas depois. 

O autor intelectual do ataque, Ramzi Ahmed Yousef, permaneceu livre até fevereiro de 1995, quando foi preso no Paquistão. Havia estado previamente nas Filipinas, onde deixou um computador no qual foram encontrados planos terroristas que incluíam uma conspiração para matar o papa João Paulo II e derrubar 15 aviões norte-americanos em 48 horas. 

Segundo consta, no voo que o reconduziu aos Estados Unidos, Yousef teria admitido a liderança no ataque ao Trade Center e afirmado que acionou o dispositivo que fez explodir a potente bomba de 500 quilos. Seu único arrependimento, de acordo com o agente norte-americano que teria ouvido a confissão, foi que as torres gêmeas de 110 pavimentos não tivessem ruído totalmente conforme o planejado, o que provocaria uma catástrofe com um rastro de milhares de mortes. 

Wikimedia Commons
Prejuízo pelos danos causados nesse ataque foram estimados em mais de US$ 500 milhões

Eyad Ismoil, quem conduziu a van até a garagem no sub-solo do World Trade Center, foi capturado na Jordânia no mesmo ano e trazido de volta a Nova York. Todos os implicados tinham ligações diretas com o xeque Omar Abdel Rahman, líder religioso radical egípcio, com sede na cidade de Jersey, em Nova Jersey.

Em 1995, Rahman e dez seguidores foram condenados por conspirarem em um plano para explodir a sede das Nações Unidas e outros marcos da cidade de Nova York. Os promotores alegaram que o ataque ao World Trade Center era parte dessa conspiração, embora poucas evidências dessa afirmação tenham sido apresentadas.

Em novembro de 1997, Yousef e Ismoil foram condenados por uma corte judicial localizada a poucos quarteirões das torres gêmeas e sentenciados à prisão perpétua sem qualquer possibilidade de liberdade condicional. Apenas um outro homem supostamente envolvido no ataque, o iraquiano Abdul Rahman Yasin, continuou fugitivo. 

Após 1998, ocorreram atentados a bomba nas embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, o que levou investigadores norte-americanos a suspeitarem que Yousef mantinha ligações com Osama Bin Laden, chefe da rede terrorista Al Qaeda. 

Se Bin Laden esteve realmente envolvido nos ataques de 1993 contra as torres gêmeas, isto não ficou nitidamente estabelecido. Porém, em 11 de setembro de 2001, dois grupos de terroristas da Al Qaeda terminaram o trabalho iniciado por Yousef, fazendo com que dois aviões sequestrados colidissem em sequência, um contra a torre norte e outro contra a torre sul do World Trade Center. A estrutura de aço dos arranha-céus não suportou o tremendo calor gerado pela queima do combustível dos jatos e ambas ruíram em menos de duas horas. 

Cerca de 3 mil pessoas morreram no World Trade Center e nas proximidades, inclusive 343 bombeiros e 23 policiais que ali acorreram para ajudar na evacuação e salvar os funcionários dos escritórios presos em seus andares. Outras 10 mil pessoas foram atendidas com ferimentos diversos. 


Também nesta data: 
1885 - Conferência de Berlim dá fim aos conflitos coloniais na África
1952 - Primeiro-ministro Winston Churchill anuncia a bomba atômica britânica
1960 - EUA anunciam fim de ajuda militar a Cuba
1990 - Sandinistas são derrotados em eleição presidencial da Nicarágua


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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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