Às 12h18 de 26 de fevereiro de 1993, explode uma bomba no estacionamento do primeiro subsolo do World Trade Center, em Nova York, em um atentado terrorista que provocou uma cratera de 20 metros de diâmetro e causou a destruição de diversos pisos de concreto nas vizinhanças do local.
Embora o artefato não tivesse provocado danos profundos para a estrutura principal dos arranha-céus, seis pessoas morreram e perto de mil ficaram feridas. Ainda assim, o prejuízo causado pelos danos materiais do World Trade Center superaram os 500 milhões de dólares.
Após o ataque, as autoridades evacuaram 50 mil pessoas dos edifícios, centenas delas vítimas de inalação de fumaça. Autoridades municipais e o FBI (Federal Bureau of Investigation) procederam a uma maciça caça de suspeitos e, em poucos dias, diversos fundamentalistas radicais islâmicos foram presos.
Em março de 1994, Mohammed Salameh, Ahmad Ajaj, Nidal Ayyad e Mahmoud Abouhalima foram condenados por uma corte judicial por sua participação no atentado e cada um deles sentenciado à prisão perpétua. Salameh, um palestino, foi preso quando se dirigiu à locadora Ryder para recuperar os 400 dólares que havia deixado para a locação da van utilizada no ataque. Ajaj e Ayyad, responsáveis pela construção da bomba, foram presos logo depois. Abouhalima, que ajudou a comprar e compor os explosivos, fugiu para a Arábia Saudita, mas foi capturado no Egito duas semanas depois.
O autor intelectual do ataque, Ramzi Ahmed Yousef, permaneceu livre até fevereiro de 1995, quando foi preso no Paquistão. Havia estado previamente nas Filipinas, onde deixou um computador no qual foram encontrados planos terroristas que incluíam uma conspiração para matar o papa João Paulo II e derrubar 15 aviões norte-americanos em 48 horas.
Segundo consta, no voo que o reconduziu aos Estados Unidos, Yousef teria admitido a liderança no ataque ao Trade Center e afirmado que acionou o dispositivo que fez explodir a potente bomba de 500 quilos. Seu único arrependimento, de acordo com o agente norte-americano que teria ouvido a confissão, foi que as torres gêmeas de 110 pavimentos não tivessem ruído totalmente conforme o planejado, o que provocaria uma catástrofe com um rastro de milhares de mortes.
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Prejuízo pelos danos causados nesse ataque foram estimados em mais de US$ 500 milhões
Eyad Ismoil, quem conduziu a van até a garagem no sub-solo do World Trade Center, foi capturado na Jordânia no mesmo ano e trazido de volta a Nova York. Todos os implicados tinham ligações diretas com o xeque Omar Abdel Rahman, líder religioso radical egípcio, com sede na cidade de Jersey, em Nova Jersey.
Em 1995, Rahman e dez seguidores foram condenados por conspirarem em um plano para explodir a sede das Nações Unidas e outros marcos da cidade de Nova York. Os promotores alegaram que o ataque ao World Trade Center era parte dessa conspiração, embora poucas evidências dessa afirmação tenham sido apresentadas.
Em novembro de 1997, Yousef e Ismoil foram condenados por uma corte judicial localizada a poucos quarteirões das torres gêmeas e sentenciados à prisão perpétua sem qualquer possibilidade de liberdade condicional. Apenas um outro homem supostamente envolvido no ataque, o iraquiano Abdul Rahman Yasin, continuou fugitivo.
Após 1998, ocorreram atentados a bomba nas embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, o que levou investigadores norte-americanos a suspeitarem que Yousef mantinha ligações com Osama Bin Laden, chefe da rede terrorista Al Qaeda.
Se Bin Laden esteve realmente envolvido nos ataques de 1993 contra as torres gêmeas, isto não ficou nitidamente estabelecido. Porém, em 11 de setembro de 2001, dois grupos de terroristas da Al Qaeda terminaram o trabalho iniciado por Yousef, fazendo com que dois aviões sequestrados colidissem em sequência, um contra a torre norte e outro contra a torre sul do World Trade Center. A estrutura de aço dos arranha-céus não suportou o tremendo calor gerado pela queima do combustível dos jatos e ambas ruíram em menos de duas horas.
Cerca de 3 mil pessoas morreram no World Trade Center e nas proximidades, inclusive 343 bombeiros e 23 policiais que ali acorreram para ajudar na evacuação e salvar os funcionários dos escritórios presos em seus andares. Outras 10 mil pessoas foram atendidas com ferimentos diversos.
Também nesta data:
1885 – Conferência de Berlim dá fim aos conflitos coloniais na África
1952 – Primeiro-ministro Winston Churchill anuncia a bomba atômica britânica
1960 – EUA anunciam fim de ajuda militar a Cuba
1990 – Sandinistas são derrotados em eleição presidencial da Nicarágua