Atualizada às 11h04
Cerca de 10 milhões de gregos foram convocados neste domingo (20/09) para a segunda eleição geral do país neste ano. O pleito antecipado foi anunciado em 20 de agosto, quando o primeiro-ministro do Syriza, Alexis Tsipras, apresentou a sua renúncia.
De acordo com as pesquisas de opinião divulgadas pouco antes do fim da campanha eleitoral estimam que esta será a eleição mais apertada dos últimos 15 anos na Grécia.
EFE
Gregos foram aos quase 20 mil colégios eleitorais em segunda votação no ano
As mais recentes enquetes apontam que o partido de Tsipras, o de esquerda Syriza, apresenta uma ligeira vantagem — com margem de 0,5% a 3% — sobre a sua principal legenda opositora, a conservadora Nova Democracia, cujo novo líder é Vangelis Meimarakis, tornando difícil a possibilidade de um dos dois adversários obter maioria no Parlamento grego.
No fim da campanha eleitoral, Tsipras declarou em comício que “nenhum voto deve ser perdido”. Para Miemarakis, o ex-premiê fez “promessas falsas” aos seus eleitores. Nesse panorama, especialistas creem que o pleito é uma espécie de teste para o Syriza após a turbulência política e econômica dos últimos meses no país.
Nesses levantamentos, a terceira força parlamentar é partido neonazista Aurora Dourada, com pouco mais de 6% das intenções de voto, seguido pelos social-democratas do Pasok, os centristas do To Potami e os comunistas do KKE, que variam entre 4% e 6%.
Além disso, a maioria das pesquisas divulgadas coloca a legenda Unidade Popular — nascida da ruptura de deputados da ala esquerda do Syriza — dentro do arco parlamentar, reportou a Agência Efe.
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Segundo a política grega, 250 dos 300 assentos do parlamento são divididos proporcionalmente ao desempenho das legendas na votação e as 50 cadeiras restantes são oferecidas ao partido que conquistar o primeiro lugar. Nesta circunstância, Tsipras necessita de ao menos 40% dos votos para vencer com o Syriza sem precisar formar coalizão com outro partido.
Os 19.455 colégios eleitorais abriram as portas hoje às 7h locais (1h da manhã de Brasília), fecharão às 19h (13h em Brasília). Segundo o Ministério do Interior, os primeiros dados oficiais do resultado devem ser anunciados após as 21h (15h).
Panorama político
A votação deste domingo também não teve o mesmo impacto midiático do referendo de 5 de julho, em que o “não” a um acordo nos moldes da Troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) teve mais de 60% dos votos dos gregos.
Após a renúncia do premiê, a presidente da Suprema Corte da Grécia, Vassiliki Thanou, assumiu em 27 de agosto, o cargo de primeira-ministra interina. Com a decisão do presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, e em meio a um impasse político entre os partidos, ela se tornou a primeira mulher a ocupar a chefia de governo do país.