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Política e Economia

Crise no Brasil pode se estender para países da região, diz ex-presidente paraguaio Lugo

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Líder considera semelhante o julgamento político e golpe parlamentar vivido por ele em 2012 e o processo de impeachment que enfrenta Dilma Rousseff

Redação

2016-04-23T21:05:00.000Z

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Clique para acessar todas as matérias e artigos de Opera Mundi e Samuel sobre o processo de impeachment

O ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, vítima de um golpe de Estado parlamentar em 2012, afirmou que a crise política brasileira pode se estender “sem dúvida alguma” a outros países progressistas da América Latina.

Em entrevista concedida em Moscou à emissora russa RT na última quinta-feira (21/04), o hoje senador paraguaio sugeriu que há uma ação dos Estados Unidos no processo brasileiro e considerou ser similar o julgamento político vivido por ele e o impeachment que está sendo perpetrado contra a presidente Dilma Rousseff.

Reprodução/ YouTube

Para Lugo, processo contra Lula foi uma armação 

“Com [o presidente da Bolívia,] Evo Morales tentaram várias vezes, com [o presidente do Equador, Rafael] Correa também (…). Os que têm certa tranquilidade são Tabaré [Vázquez] no Uruguai, que foi reeleito e Michelle Bachelett, no Chile”, disse em referência às várias tentativas de golpe e processos desestabilizadores denunciados por líderes regionais.

Durante a conversa, Lugo pondera que o processo enfrentado por Dilma é legal, “mas não é legítimo”. Isso porque, em sua visão, tentam “tirar do poder uma presidente eleita democraticamente em eleições livres” e, além disso, o processo é realizado “por uma oposição que se uniu conjunturalmente para querer mudar modelos” políticos.

Ele lembra que os golpes na América Latina foram reeditados, como se pôde ver em Honduras, em 2009, e no Paraguai, em 2012, onde foi usado o argumento do impeachment, ou julgamento político, para destituí-lo, sem que tenha tido direito à legítima defesa.

Para o ex-presidente, os esforços de integração na América Latina, com o Mercosul [Mercado Comum do Sul], a Unasul [União das Nações Sul-Americanas] e a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] são considerados "uma espécie de rebeldia pelo império do norte”.

Lugo ressaltou que “a integração conseguida na América Latina é [considerada] um mau exemplo para o restante do mundo" e apontou que "o processo de integração, de autodeterminação dos povos tem que ser respeitados pelas forças externas a nossos países”.

Com relação a uma possível participação dos Estados Unidos no processo no Brasil, Lugo opina que “quando eles não querem, as coisas não acontecem” porque eles “têm os mecanismos, a força a autoridade, o diálogo e a diplomacia para romper processos democráticos construídos com grande esforço na região”.

Veja a íntegra da entrevista (em espanhol):

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Política e Economia

Em 1º discurso após posse, Petro promete reforma na política contra as drogas na Colômbia

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Ao lado da espada de Simón Bolívar, novo presidente colombiano disse que a política antidrogas 'fracassou profundamente', afirmando que a 'paz é possível' no país

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-07T22:35:00.000Z

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Ao som ovacionado das milhares de pessoas reunidas na Praça Bolívar, em Bogotá, Gustavo Petro realizou seu primeiro discurso neste domingo (07/08) como novo presidente da Colômbia. Petro reafirmou o compromisso de uma reforma na política contra as drogas no país.

"A política contra as drogas fracassou profundamente. A guerra fortaleceu a máfia e debilitou Estados, levando-os a cometerem crimes e evaporou o horizonte da democracia. Chegou o momento de mudar a política antidrogas no mundo para que seja a vida ajudada e não a morte", disse.

Durante seu discurso, Petro pediu que a espada de Simón Bolívar fosse deixada no palco, ao seu lado. Para ele, o objeto significa "toda uma vida, uma existência" que o auxiliou no processo que culminou em sua eleição à Presidência.

Petro disse não querer que a espada esteja "enterrada", que ela seja a "espada do povo". "Chegar aqui implica recorrer uma vida, uma vida imensa que nunca é sozinha. Aqui estão todas a mulheres colombianas que lutam para superar o machismo e construir uma política do amor. As mãos humildes dos operários, dos campesinos, o coração dos trabalhadores que me apoiam sempre quando me sinto débil", declarou.

Segundo o novo mandatário, os colombianos, "muitas vezes", foram "condenados ao impossível e a falta de oportunidades". No entanto, Petro declarou a "todos que estão me escutando" que, agora, "começa nossa segunda oportunidade". 

"Nós ganhamos, vocês ganharam. O esforço de vocês valeu a pena. Agora é hora de mudança, nosso futuro não está escrito e podemos escrever juntos e em paz. Hoje começa a Colômbia do impossível", disse durante a posse, declarando que sua eleição é uma história contra aqueles que não acreditavam, "daqueles que nunca queriam soltar o poder. Porém o fizemos".

Redistribuição de riqueza

Petro afirmou que a "igualdade será possível" na Colômbia, para que a desigualdade e a pobreza não "sejam naturalizadas", já que, segundo o novo presidente, o país é uma das "sociedades mais desiguais em todo o mundo", afirmando ser necessário mudar este paradigma "se queremos ser uma nação e viver em paz". 

Reprodução/ @FranciaMarquezM
Petro e Márquez tomaram posse neste domingo como o primeiro governo de esquerda na Colômbia

"Vamos ser uma Colômbia mais igualitária e com mais oportunidades a todos. A igualdade é possível se formos capazes de gerar riqueza e capazes de distribuí-la. Para isso, é necessário uma reforma tributaria que gere justiça", afirmou durante o discurso.

O presidente reafirmou que seguirá os Acordos de Paz, assinados em 2016, e também as resoluções da Comissão da Verdade em relação à violência no país. Ele declarou que é preciso terminar "para sempre" com os conflitos armados, convocando "todos as pessoas armadas para buscar um caminho que permita a convivência, não importando os conflitos que existam".

"Encontrar soluções através da busca por mais democracia para terminar a violência. Convocamos todos os armados a deixarem as armas, aceitar jurisdições pela paz, a não repetição definitiva da violência, para que a paz seja possível. Precisamos dialogar, nos entender e buscar os caminhos comuns e produzir mudanças. A paz é possível", afirmou.

Posse de Petro

Petro tomou posse neste domingo em uma cerimônia na Praça Bolívar, em Bogotá. Aos 62 anos, ele é o primeiro mandatário de esquerda a assumir o poder na história do país.

O presidente do Senado colombiano, Roy Barreras, foi o encarregado de ler o juramento a Petro, que fala em "cumprir fielmente a Constituição e as leis" do país. Na sequência, a senadora María José Pizarro, filha de Carlos Pizarro assassinado em 1990 e que foi companheiro do agora presidente na guerrilha Movimento 19 de Abril (M-19), entregou a faixa presidencial ao novo chefe de Estado.

Também na posse, a vice-presidente eleita Francia Márquez realizou juramento, que foi lido pelo agora mandatário da Colômbia.

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