A ONG francesa Repórteres Sem Fronteiras divulgou nesta terça-feira (19/12) um balanço apontando que 65 jornalistas de todo o mundo foram mortos em serviço em 2017. Entre os mortos, 50 são jornalistas profissionais, sete jornalistas amadores e oito integrantes de mídias diversas.
O relatório também aponta que 55 eram homens e 10 eram mulheres. Deste total, 35 morreram em zona de combate, e 30, em zona de paz. Os países que mais contaram jornalistas mortos foram Síria, com 12 mortes; México, com 11; Afeganistão, com nove; Iraque, com oito; e Filipinas, com quatro.
O documento indica que 46% das mortes ocorreram em países onde não ocorrem conflito armado, sendo o México o líder em mortes de jornalistas em países onde não ocorrem guerras. O Brasil registrou um assassinato de profissional da comunicação em 2017.
Wikicommons
Síria lidera o ranking de países com mais jornalistas mortos
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“É alarmante que tantos jornalistas tenham sido assassinados fora de zonas de guerra”, disse Katja Gloger, integrante do conselho da Repórteres Sem Fronteiras. Fato marcante foi o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, que investigava casos e corrupção tráfico, propinas e lavagem de dinheiro em Malta, o menor país da União Europeia (UE).
Galizia foi morta em outubro deste ano em um atentado. Ela publicou uma série de artigos sobre o envolvimento de pessoas próximas ao premiê do país, Joseph Muscat, em escândalos de corrupção.
Ainda segundo o relatório, 326 jornalistas foram presos em 2017. China lidera o número de prisões com 52 profissionais da comunicação detidos. Turquia e Síria seguem atrás com 43 e 24, respectivamente. Ao todo, são 310 jornalistas homens e 16 mulheres presas neste ano. O número de prisões de jornalistas em relação ao ano passado caiu apenas 6%.