Em discurso durante uma sessão de trabalho da cúpula do G7 e países convidados, neste domingo (21/05), o presidente Lula disse que “é preciso falar da paz”. Segundo Lula, “nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo” e é preciso “trabalhar para criar espaço para negociações”.
O G7 terminou neste domingo em Hiroshima, no Japão.
As declarações foram feitas durante o encontro “Rumo a um Mundo Pacífico, Estável e Próspero”. Lula também defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que segundo ele está “mais paralisado do que nunca”.
O presidente afirmou que o Brasil está alinhado com a Carta das Nações Unidas e que “repudia veementemente o uso da força como meio de resolver disputas”. Ele também condenou “a violação da integridade territorial da Ucrânia”.
O presidente brasileiro também alertou sobre o risco de uma guerra nuclear. “As armas nucleares não são fonte de segurança, mas instrumentos de extermínio em massa que negam nossa humanidade e ameaçam a continuidade da vida na Terra”, declarou.
“Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso. Foi por essa razão que o Brasil se engajou ativamente nas negociações do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares, que esperamos poder ratificar em breve”, disse.
Ricardo Stuckert/PR
G7 terminou neste domingo em Hiroshima, no Japão
Agenda cheia
Lula teve a agenda cheia em seu último dia em Hiroshima. Pela manhã, ele se encontrou com os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau e da Índia, Narendra Modi. À tarde, ele se reuniu com o secretário geral da ONU, António Guterres e com o primeiro-ministro do Vietnã, Phạm Minh Chính.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, que também participa da cúpula, pediu um encontro com o presidente brasileiro, mas a reunião não foi confirmada. O Brasil tenta manter uma postura neutra no conflito entre Ucrânia e Rússia.
Na manhã de domingo, os líderes do G7 e dos países convidados visitaram o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, e depositaram flores no monumento às vítimas da bomba atômica.
No sábado (20/05), Lula se reuniu com o presidente francês Emmanuel Macron. Os dois chefes de estado conversaram principalmente sobre mudanças climáticas e preservação da biodiversidade.