Em discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta quinta-feira (01/10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, de não ter mais a intenção de fazer paz com Israel.
Abbas havia dito, em seu discurso na quarta-feira (30/09), que as ações da polícia “extremista” israelense na mesquita de Al-Aqsa eram uma tentativa de romper o delicado equilíbrio entre judeus e muçulmanos no local. O presidente da ANP também afirmou que Israel estava prestes a transformar um conflito político num conflito religioso.
Agência Efe
Netanyahu anunciou que fará 'tudo o que for necessário' para defender Israel do acordo nuclear com o Irã
“Ao contrário dos palestinos, Israel respeita estritamente o equilíbrio do Monte do Templo, e está comprometido a continuar fazendo isso”, rebateu Netanyahu, que pediu a Abbas que parasse de espalhar mentiras sobre as intenções do país no Monte.
Ele ainda disse que o presidente da ANP estava agindo irresponsavelmente ao não aceitar sua oferta de resumir as negociações de paz. “O fato de que vez após outra ele não respondeu à oferta é a melhor prova de que Abbas não tem a menor intenção de chegar a um acordo de paz”, argumentou o premiê.
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Acordo nuclear com o Irã
O tema principal do discurso do premiê foi, contudo, o acordo nuclear entre o Irã e seis potências ocidentais, incluindo Estados Unidos. Ele alegou que Israel não iria simplesmente deixar que o Irã entrasse no “clube mundial das armas nucleares”.
“Eu gostaria de poder me confortar com a promessa de que este acordo irá bloquear a passagem do Irã no sentido das armas nucleares. Mas não posso, porque ele não vai”, disse Netanyahu. O acordo determina que as sanções sobre o Irã serão menores desde que seus projetos nucleares sejam pacíficos.
O premiê israelense acredita que o Irã quer destruir sua nação e disse estar em contato com outros países árabes para responder à altura da ameaça que o Irã representa.
“Israel fará tudo o que for necessário para defender nosso estado e nosso povo. Se o Irã planeja destruir Israel, fracassará”, advertiu.
No início deste mês, o aiatolá Khamenei hava dito que Israel deixaria de existir em 25 anos e que o espírito jihadista deixaria o país com medo a todo momento.
Antes do acordo entre EUA, Rússia, China, Reino Unido, Alemanha e França o primeiro-ministro de Israel foi ao Congresso norte-americano argumentar contra o acordo, a convite do então presidente da Câmara John Boehner, que não pediu autorização para o presidente, Barack Obama.