Atualizado às 18:09
Alemanha e Áustria pediram ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, nesta terça-feira (15/09), uma reunião de cúpula extraordinária da UE (União Europeia) para discutir a crise migratória pela qual está passando o continente, que acontecerá na próxima semana. Suécia e França apoiaram o pedido.
Em entrevista a jornalistas, a chanceler alemã, Angela Merkel, explicou que o objetivo da reunião será discutir a repartição de refugiados, analisar formas de apoiar seus países de origem e encontrar maneiras de acelerar a criação de centros de refugiados, principalmente na Grécia e na Itália.
A líder alemã ainda disse que Alemanha, Áustria e Suécia, países que mais têm recebido pessoas, não podem lidar com a situação sozinhos. “Este é um problema de toda a União Europeia”, argumentou.
Agência Efe
A chanceler alemã, Angela Merkel, quer dividir a responsabilidade da crise refugiados entre toda a UE
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Anteriormente, a Alemanha havia proposto um sistema de cotas para acolhimento e punição econômica para os países que fossem contra a repartição de refugiados. A medida desagradou, principalmente, países do leste europeu, como República Tcheca e Eslováquia. Merkel, contudo, afirmou que “ameças não são a maneira apropriada para se chegar a um acordo”.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, apoiou o pedido pela cúpula, mas reforçou que seu país ainda resistirá à ideia de cotas nacionais obrigatórias. “Cotas mandatórias são irracionais, erradas e não resolvem nada. Nós nunca iremos apoiar cotas mandatórias — nunca, mesmo que fiquemos isolados”, disse Fico em entrevista coletiva na capital do país, Bratislava.
Em depoimento à emissora russa RT, o presidente sírio Bashar al-Assad disse que a crise só poderá ser resolvida combatendo o terrorismo: “A questão não é se a Europa vai aceitar ou não refugiados. Precisamos resolver o problema em sua fonte. Se a Europa estiver realmente preocupada com o destino dos refugiados, irá parar de apoiar terroristas”.