Estados Unidos, Alemanha e Holanda definiram neste sábado (22/12) a localização dos mísseis Patriot que serão enviados à Turquia, uma medida que faz parte do operacional estipulado pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para proteger o país de possíveis ataques aéreos vindos da vizinha Síria.
“Os três membros da OTAN que vão oferecer mísseis Patriot para aumentar a defesa aérea da Turquia já definiram os lugares em que as baterias serão implementadas”, assinalou um porta-voz da Aliança em comunicado.
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A decisão sobre a localização das baterias foi tomada “em estreita cooperação” com o comandante supremo da Aliança na Europa, o almirante norte-americano James Stavridis, após uma avaliação militar da situação, sendo que cada país oferecerá duas baterias para serem instaladas ao longo da extensa fronteira entre a Turquia e a Síria.
A Alemanha posicionará suas baterias em Kahramanmaras, enquanto a Holanda defenderá a região de Adana. Os EUA, por sua vez, articularão seus mísseis em Gaziantep.
A instalação, que acontecerá ao longo das próximas semanas, “será somente defensiva” e “não é compatível com uma zona de exclusão aérea ou qualquer outra operação ofensiva”, assegurou o bloco militar em comunicado.
O objetivo desta manobra é “evitar qualquer ameaça contra o território turco e também defender sua população, assim como diminuir a onda de violência na fronteira”, completou o organismo.
Os Patriot que a OTAN desdobrará na Turquia são projéteis terra-ar elaborados para interceptar mísseis, com alcance de uns 150 quilômetros. Segundo autoridades do grupo, a vantagem desses mísseis é que as baterias podem se movimentar rapidamente e resistir à interferência eletrônica.
Os mísseis Patriot atuais são uma evolução do modelo que começou a ser utilizado pelos EUA em meados dos anos 80 e aos que foram usados contra o Iraque na primeira Guerra do Golfo, em 1991.