Sexta-feira, 18 de julho de 2025
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Uma granada foi arremessada na madrugada desta sexta-feira (29/01) contra edifícios que abrigam cerca de 170 refugiados na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sudoeste do país. Apesar de o pino de segurança da granada ter sido removido, o explosivo não detonou e ninguém ficou ferido. O local foi evacuado e agentes do esquadrão antibombas desarmaram o explosivo.

De acordo com novos dados divulgados pelo governo alemão, somente no ano passado foram registrados 1.005 ataques a lares de refugiados no país. Em 2014, foram 199 casos, o que significa um aumento de 400%. Autoridades do país estimam que 90% dos ataques tenham sido realizados por militantes de extrema-direita.
EFE


O local do ataque foi isolado para a atuação do esquadrão antibombas, que desarmou o explosivo

Segundo Thomas Kalmbach, porta-voz da polícia local, o fato de ninguém ter sido ferido no ataque desta sexta foi “pura sorte”.

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“Granadas já estão sendo arremessadas contra os lares dos refugiados. Não podemos esperar até que alguém morra”, declarou o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas. Para ele, o caso em Villingen-Schwenningen é sinal de “ódio e volência”.

Explosivo, lançado contra edifícios que abrigam 170 pessoas, não detonou; autoridades locais disseram que ocorrido é sinal de 'ódio e violência'

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Pressionada por contas das políticas que tem adotado com relação aos refugiados, a Alemanha anunciou novas medidas para conter a entrada de refugiados no país, que registrou 1,1 milhão de solicitações de asilo em 2015.

Segundo o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, o governo pretende expandir o número de países considerados seguros (foram incluídos Marrocos, Tunísia e Argélia), o que permitirá à Alemanha deportar parte das pessoas que chegam ao país.

Nesta quinta-feira, Gabriel anunciou que refugiados que tiveram o asilo concedido na Alemanha terão que esperar até dois anos para se reunir com seus familiares, caso estes não estejam sendo “perseguidos pessoal e urgentemente”.

EFE

O governo da chanceler Angela Merkel passará a considerar o Marrocos, a Tunísia e a Argélia países seguros para devolver refugiados

40% reprovam Merkel

Uma pesquisa divulgada nesta sexta apontou que 39,9% dos alemães desejam que a chanceler Angela Merkel renuncie ao cargo por conta das políticas de acolhimento de refugiados. A pesquisa, que consultou mais de 2.000 pessoas entre os dias 22 e 25 deste mês, foi encomendada pela revista alemã Focus.

Um total de 45,2% das pessoas consultadas disse que Merkel não deveria sair do cargo e os restantes 14,9% não manifestaram uma opinião sobre o assunto. Entre os membros do partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha, na sigla em alemão), dois terços responderam ser favoráveis à renúncia da chanceler.