Uma granada foi arremessada na madrugada desta sexta-feira (29/01) contra edifícios que abrigam cerca de 170 refugiados na cidade alemã de Villingen-Schwenningen, no sudoeste do país. Apesar de o pino de segurança da granada ter sido removido, o explosivo não detonou e ninguém ficou ferido. O local foi evacuado e agentes do esquadrão antibombas desarmaram o explosivo.
O local do ataque foi isolado para a atuação do esquadrão antibombas, que desarmou o explosivo
Segundo Thomas Kalmbach, porta-voz da polícia local, o fato de ninguém ter sido ferido no ataque desta sexta foi “pura sorte”.
“Granadas já estão sendo arremessadas contra os lares dos refugiados. Não podemos esperar até que alguém morra”, declarou o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas. Para ele, o caso em Villingen-Schwenningen é sinal de “ódio e volência”.
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Pressionada por contas das políticas que tem adotado com relação aos refugiados, a Alemanha anunciou novas medidas para conter a entrada de refugiados no país, que registrou 1,1 milhão de solicitações de asilo em 2015.
Segundo o vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, o governo pretende expandir o número de países considerados seguros (foram incluídos Marrocos, Tunísia e Argélia), o que permitirá à Alemanha deportar parte das pessoas que chegam ao país.
Nesta quinta-feira, Gabriel anunciou que refugiados que tiveram o asilo concedido na Alemanha terão que esperar até dois anos para se reunir com seus familiares, caso estes não estejam sendo “perseguidos pessoal e urgentemente”.
EFE
O governo da chanceler Angela Merkel passará a considerar o Marrocos, a Tunísia e a Argélia países seguros para devolver refugiados
40% reprovam Merkel
Uma pesquisa divulgada nesta sexta apontou que 39,9% dos alemães desejam que a chanceler Angela Merkel renuncie ao cargo por conta das políticas de acolhimento de refugiados. A pesquisa, que consultou mais de 2.000 pessoas entre os dias 22 e 25 deste mês, foi encomendada pela revista alemã Focus.
Um total de 45,2% das pessoas consultadas disse que Merkel não deveria sair do cargo e os restantes 14,9% não manifestaram uma opinião sobre o assunto. Entre os membros do partido de direita AfD (Alternativa para a Alemanha, na sigla em alemão), dois terços responderam ser favoráveis à renúncia da chanceler.