Atualizada às 15h29
A Aliança Internacional de Editores Independentes exigiu, por meio de comunicado divulgado nesta segunda-feira (22/08), que a Turquia garanta a liberdade de expressão no país e liberte os editores, autores e jornalistas atualmente presos por estarem supostamente envolvidos com a tentativa fracassada de golpe do dia 15 de julho.
“A Aliança Internacional de Editores Independentes exige que as autoridades turcas libertem imediatamente editores, autores e jornalistas atualmente detidos. É necessário garantir a liberdade de expressão e publicação na Turquia”, diz o comunicado da organização.
Agência Efe
Medidas tomadas por presidente turco após tentativa fracassada de golpe estão sendo condenadas por organizações internacionais
O grupo também condenou o fechamento de editoras e grupos de mídia, atitude que classificou como uma “clara violação dos direitos humanos”.
Com esse posicionamento, a aliança se junta à Turkish Publishers Association (Associação de Editores Turcos, em tradução livre) e à PEN International, que expressaram preocupação diante da situação no país e repudiaram as ações das autoridades turcas.
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“A PEN Internacional está preocupada com o fato de que, enquanto promove investigações legítimas relacionadas a condutas criminosas durante a tentativa de golpe, as autoridades turcas estão usando os poderes dados pelo estado de emergência para silenciar vozes críticas e discordantes”, disse a entidade britânica em comunicado divulgado no início deste mês.
Já a Turkish Publisher Association afirmou que o fechamento de editoras e outros grupos de mídia “acarreta o risco de violações de direitos humanos, o sufocamento da liberdade de pensamento e também prejuízos financeiros e morais”.
Depois de uma tentativa fracassada de golpe de Estado em julho, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou um estado de emergência de três meses para, segundo ele, facilitar a detenção dos que tomaram parte no golpe.
Como resultado, mais de 50 mil pessoas foram demitidas de seus empregos e cerca de 40 mil foram presas, sendo que pelo menos 90 destas são jornalistas. Além disso, no fim do mês passado, o mandatário decretou o fechamento de 131 grupos midiáticos: três agências de notícias, 16 emissoras de televisão, 23 emissoras de rádio, 45 jornais, 15 revistas e 29 editoras.
Leia a íntegra da nota da Aliança Internacional de Editores Independentes
A Aliança Internacional de Editores Independentes exige que as autoridades turcas libertem imediatamente editores, assim como autores e jornalistas atualmente detidos. Isso é necessário para garantir liberdade de expressão e publicação na Turquia. A Aliança se junta à condenação da Associação de Editores da Turquia, como uma clara violação dos direitos humanos, do fechamento sumário de editores e empresas de mídia, e urge às autoridades turcas para reverter esses fechamentos sumários.