Os ministros das Relações Exteriores dos EUA e do Irã iniciaram nesta quarta-feira (04/03) o terceiro dia de negociações para discutir sobre um acordo para o programa nuclear do país persa, duramente criticado no dia anterior pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Para Teerã, o discurso do líder israelense feito no Congresso norte-americano foi ”desesperado” e “enganoso”.
EFE
Chefe da Diplomacia dos EUA, John Kerry está na Suíça para dar prosseguimento a diálogos com hanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif
“Eu não acredito que [o discurso] tenha tido muito peso. Bem, eles [governo israelense], estão fazendo seus esforços para atrapalhar de toda forma as negociações”, comentou o vice-presidente do Irã, Massoumeh Ebtekar, à Al Jazeera.
Nesta manhã, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, retomaram as conversas na cidade de Montreux, na Suíça, na tentativa solucionar essa questão até o final de março.
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Há anos, Irã negocia com o G5+1 (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) a existência de um programa nuclear. A comunidade internacional e, principalmente Israel, acusa Teerã de querer produzir uma bomba atômica, embora o país persa assegure que o programa tem um caráter pacífico, como a geração de energia elétrica para o território nacional.
No discurso de ontem, Netanyahu disse que “se o Irã quiser ser tratado como um Estado normal, então deve agir como tal” e que as negociações das potências “não irá prevenir que o Irã tenha acesso a armas nucleares, mas vai garantir que isso ocorra”.
“O atual regime de governo iraniano sempre será um inimigo para a América. Nós devemos permanecer juntos para impedir a marcha iraniana de terror. Aiatolá Khamenei vomita o ódio mais antigo do antissemitismo com a mais nova tecnologia”, declarou o premiê israelense, ovacionado no Congresso norte-americano a convite do líder republicano John Boehner.
EFE
Netanyahu no Congresso dos EUA: para premiê, acordo negociado entre Teerã e seis potências mundiais “só tornará o Oriente Médio pior'