Eleito em junho, o economista Pedro Pablo Kuczynski tomou posse como presidente do Peru nesta quinta-feira (28/07). No discurso de inauguração de seu mandato, PPK, como é conhecido, se comprometeu a levar o país “à meta de paz e união dos peruanos no bicentenário da independência”, que será comemorado em 2021.
“Quero garantir a todos meu agradecimento e compromisso para que o país inteiro chegue à meta de paz e união dos peruanos no bicentenário de nossa independência, que será exatamente em 5 anos”, afirmou Kuczynski.
O governante, que substituiu Ollanta Humala no poder, declarou que seu dever é “realizar os sonhos dos pais fundadores” de seu país.
Agência Efe
O novo presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski
“Sim à paz, sim à união, não ao confronto, não à divisão”, enfatizou Kuczynski durante a cerimônia realizada na sede do Congresso.
Kuczynski tomou posse nesta quinta-feira como novo presidente do Peru em cerimônia no Congresso à qual assistiram o rei da Espanha, Juan Carlos, e os presidentes de Paraguai, Horacio Cartes; Argentina, Mauricio Macri; México, Enrique Peña Nieto; Chile, Michelle Bachelet; Equador, Rafael Correa; e Colômbia, Juan Manuel Santos.
Também estiveram presentes no ato o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, e os vice-presidentes de Bolívia, Uruguai, Guatemala, El Salvador e Nicarágua.
A presidente do parlamento peruano, a fujimorista Luz Salgado, foi a encarregada de dar a faixa presidencial a Kuczynski, de 77 anos, em ato que não contou com a presença de Humala.
O novo presidente peruano disse que em seu primeiro discurso decidiu dar “uma mensagem cheia de esperança” e agradeceu a todos os que votaram em seu favor nas eleições, nas quais derrotou Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, por uma diferença de apenas 41 mil votos.
NULL
NULL
Kuczynski disse que o sonho de sua gestão é alcançar “a liberdade e a independência” do Peru “para construir um país próspero sob o Estado de direito”, sem corrupção.
“Precisamos de um presidente comprometido totalmente na luta contra a corrupção. Quem falhar irá à justiça, que deve ser profundamente reformada. Lutem comigo contra este flagelo, principalmente neste parlamento. Não permitirei que meus funcionários e colaboradores mais próximos caiam na indignidade da corrupção”, declarou.
Ele afirmou também que buscará a implementação de um sistema de “prestação de saúde sensível às pessoas”, junto com “uma justiça oportuna e previsível, assim como as condições de segurança para alcançar a paz nas ruas e casas.”
“Em quase 200 anos, o Peru se transformou e alcançou metas impensadas há 100 anos, como erradicar o analfabetismo”, acrescentou, antes de dizer que “os avanços são inegáveis, mas são necessários mais.”
Após reconhecer os esforços dos antecessores, o governante mencionou de maneira especial o duas vezes presidente Fernando Belaúnde (1963-1968 e 1980-1985), a quem classificou como “um grande democrata” e lembrou que serviu em seus dois governos.
“Agora devemos dar um grande salto, só com esse salto chegaremos à modernidade que o Peru anseia. Quero uma revolução social para meu país, que em 5 anos o Peru seja um país moderno, mais justo, mais equitativo e mais solidário”, afirmou.