A ONU confirmou nesta quinta-feira (11/09) que os 44 “boinas azuis”, que haviam sido capturados há 15 dias pelo grupo islâmico Frente al Nusra, foram libertados. Os soldados eram de Fiji e foram capturados no dia 28 de agosto nas Colinas de Golã, na região de fronteira entre Síria e Israel.
Agência Efe
Integrantes da Frente Al-Nusra cercam veículo com membros da força de paz da ONU que estavam sequestrados
Os “boinas azuis”, que estavam em poder da Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, foram entregues a uma das posições que tem a força de paz da ONU nas Colinas de Golã e chegaram a Israel no começo da tarde, segundo a imprensa local.
Na quarta (10/09), a Al-Nusra postou um vídeo dizendo que os reféns seriam libertados em breve. O chefe do Exército de Fiji havia declarado também que o grupo havia deixado de fazer exigências para libertar os reféns. Uma fonte disse à agência Reuters, no entanto, que o grupo exigiu a divulgação do vídeo com condição para a soltura dos capacetes azuis.
Eles integravam a Força das Nações Unidas de Observação da Separação nas Colinas de Golã (Undof, na sigla em inglês), que atua na fronteira entre Síria e Israel, onde estão sendo travados diversos combates entre grupos armados e o exército sírio.
Os soldados foram capturados ao cruzar uma das passagens fronteiriças situadas na Colinas do Golã, onde realizavam missão de observação para garantir o cumprimento do acordo de não beligerância de 1974.
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No dia 30 de agosto, a ONU confirmou que dois postos das forças de paz nas Colinas de Golã, entre Síria e Israel, foram atacados, o que provocou a fuga de 32 boinas azuis filipinos, que rumaram para local seguro.
Atualmente, cerca de 1.200 integrantes da missão, provenientes de Fiji, Índia, Irlanda, Nepal, Filipinas e Holanda, atuam na região. Esse destacamento de “boinas azuis” se encarrega de verificar a cessação ao fogo entre Síria e Israel e a retirada militar da região, mas suas posições começaram a ser afetadas pelo conflito armado entre rebeldes e o Exército sírio.
Esta não foi a primeira vez que integrantes de missões da ONU foram sequestrados na região. Em março e maio de 2013, grupos da Undof foram detidos e, posteriormente, libertados em segurança.