A Agência Europeia de Segurança na Aviação estuda a possibilidade de estabelecer uma regra em que as companhias aéreas do continente devem garantir que tenha sempre dois tripulantes dentro da cabine.”Essa é uma opção atualmente sendo avaliada. Se isso acontecer não será uma regra obrigatória, mas uma recomendação”, disse uma fonte à Reuters.
EFE
Imagem mostra cabine de comando de AirbusA320, igual ao de aeronave que caiu durante trajeto Barcelona – Düsseldorf
O debate vem em meio às investigações da caixa-preta do AirbusA320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses, resultando na morte de 150 pessoas na última terça-feira (24/03). De acordo com análises da promotoria francesa responsável pelo caso, os áudios do material revelam que o copiloto teria derrubado a aeronave deliberadamente.
Segundo informações da Federação de Tráfego Aéreo, estuda-se a adoção desta norma de forma praticamente imediata. Caso o procedimento seja efetivado, quando o capitão ou seu copiloto deixarem a cabine de comando, um dos auxiliares de voo deverá entrar no local.
Na quinta-feira (26/03), companhias aéreas europeias – como a Norwegian Air e a de baixo custo Easyjet – se mostraram dispostas a aplicar a medida de duas pessoas na cabine de comandoPor sua vez, a Lufthansa – da qual a Germanwings é subsidiária – afirmou que “analisará medidas que contribuam para melhorar a segurança de seus voos”. Contudo, o presidente da empresa, Carsten Spohr, reforçou hoje que o incidente deve ser qualificado como um “caso isolado e extremo”.
EFE
Equipes de buscas se dedicam a procurar os restos da aeronave e os corpos das 150 vítimas do acidente nos Alpes franceses
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'Grave depressão'
De acordo com o jornal alemão Bild, o copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos, teria sofrido uma “um episódio depressivo grave” há seis anos, fez tratamento psiquiátrico e, desde então, tinha um acompanhamento médico regular.
Em comunicado, a promotoria de Düsseldorf informou nesta sexta que o copiloto tinha recebido um atestado médico de dispensa por doença, vigente para o dia da catástrofe. Ela também alega que foram encontrados documentos que revelam que o piloto estava sob tratamento médico, mas que ele não respeitou as ordens médicas e ocultou os fatos da companhia aérea da qual ele trabalha.
Contudo, fontes da promotoria negaram à Agência Efe que nas revistas realizadas no apartamento de Lubitz e na casa dos pais dele tenha sido encontrada uma carta de despedida, “nem indícios que apontem para um cenário político ou religioso”.
Ontem, Spohr disse que Lubitz havia feito uma pausa durante seu treinamento em 2008 e acrescentou que ele tinha sido aprovado em todos os testes para voar.
EFE
Policiais alemães fazem revista de casa de copiloto alemão para buscar indícios que justificariam suposto crime