A Assembleia-Geral das Nações Unidas anunciou esta semana que a instituição terá uma queda de 5% no seu orçamento para o biênio 2012/2013 em comparação com o período 2010/2011. No próximo ciclo, a ONU (Organização das Nações Unidas) terá US$ 5,15 bilhões, ante os US$ 5,41 bilhões utilizados nos dois últimos anos.
As missões de paz não deverão ser afetadas por este corte, porque não são financiadas com este dinheiro. Este é o primeiro corte orçamentário da ONU nos últimos 13 anos e foi provocado pela dificuldade financeira pela qual passam os países ricos.
O corte no orçamento já era esperado, pois o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enviou à Assembleia Geral uma proposta de cortar 3,2% em 2012/2013. Ki-moon afirmou que, agora, será preciso “fazer mais com menos”.
“É imperativo fazer mais e melhor com menos. Por isso, dou minha palavra: vou instruir meus gerentes a procurar novas formas de fazer mais com nossos recursos preciosos. Garanto que vamos otimizar as suas contribuições”, afirmou o secretário-geral em discurso dirigido à Assembleia-Geral.
O presidente da assembleia, Nassir Abdulaziz Al-Nasser, afirmou que as delegações se engajaram num debate “robusto e construtivo” nas discussões orçamentárias. Ele disse, também, que o processo de negociação foi particularmente desafiador neste ano por causa da crise econômica.
Em sua proposta para o orçamento de 2012-2013, Ki-moon havia sugerido reduzir as despesas com viagens, consultorias externas, materiais e equipamentos e despesas operacionais. Ele também propôs cortar 44 postos das Nações Unidas para reduzir os gastos da instituição.
As principais fontes de renda das Nações Unidas são as doações dos países. Os mais ricos doam mais, e os mais pobres, doam menos. Os Estados Unidos contribuem com 22% do orçamento da instituição. Os repasses dos países ricos somam 90% do orçamento da ONU.
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