No período em que a epidemia de ebola assolou diversos países africanos, a Libéria chegou a ter 9.249 pessoas infectadas, entre os quais 4.117 foram registrados como vítimas fatais da doença. Mas, sinal de que o vírus regrediu no país, autoridades médicas anunciaram, nesta quinta-feira (05/03), que Beatrice Yardolo, a última paciente internada na UTE (Unidade de Tratamento do Ebola) em Monróvia teve alta e deixou o hospital caminhando com os próprios pés.
Agência Efe
Campanhas de conscientização foram realizadas por toda Libéria para alertar para os riscos do ebola
A filha de Yardolo, que também contraiu a doença e estava internada no mesmo centro de recuperação, não conseguiu se recuperar e morreu, da mesma forma que outros três filhos de Yardolo.
A cerimônia de despedida de Yardolo contou com a participação de membros da equipe médica chinesa que atua no país e autoridades liberianas.
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Apesar da notícia positiva, o diretor do centro, o coronel chinês Yang Haiwei ressaltou que não é possível baixar a guarda ou esta poderá ser uma vitória temporária.
O diretor do Sistema de Gestão do Ebola e secretário-geral de Serviços Preventivos do Ministério de Saúde, Tolbert Nyenswah, comemorou a notícia, que classificou como “um grande dia” para todo o país, que passou por momentos muito críticos nos meses de epidemia.
“Nos últimos 13 dias a Libéria não registrou nenhum caso confirmado de ebola e nas últimas três semanas só houve seis novos diagnósticos”, acrescentou Nyenswah.
Ainda há 102 pessoas em observação porque estiveram em contato com os doentes. “Pode ser que a vitória seja somente temporária, mas de qualquer forma é um marco”, disse Haiwei.